Entidades acompanham crise hídrica na região de Sorocaba
Represa opera com 25% da capacidade; MP-SP se diz preocupado
Entidades da região seguem acompanhando a crise hídrica que afeta vários municípios e as principais represas que abastecem as cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). Esse monitoramento acontece, por exemplo, na represa de Itupararanga, que, conforme noticiado ontem (15) pelo jornal Cruzeiro do Sul, está operando com nível na casa dos 25%.
Entres as instituições, está o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). Na terça-feira (14), Antonio Domingues Farto Neto, da promotoria do Meio Ambiente, se disse bastante preocupado com o nível do reservatório de Itupararanga, “não apenas em relação à quantidade de água, mas também em relação à sua qualidade para consumo humano, que se degrada quanto mais nos aproximamos do chamado volume morto. O promotor lembrou que a falta de chuva e o aumento do consumo, em decorrência da pandemia, que trouxe muitas pessoas para residir aqui na região, são fatores que se somam nessa que já se pode considerar uma dais maiores crises de nossa bacia hidrográfica”.
Ontem, Farto Neto realizou uma reunião com membros do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema). No encontro, houve uma breve apresentação da crise hídrica e do balanço hidrográfico da represa de Itupararanga. Também foi defendido pelo promotor a importância do Conselho para as definições macros de Sorocaba, como, por exemplo, na questão da represa. A vocação de crescimento de Sorocaba e como é feito o tratamento e a vocação da água também foram temas do encontro.
O MP-SP, conforme noticiou o Cruzeiro em 2 de setembro, fez operação na represa em trabalho conjunto com a Polícia Ambiental. Um dos objetivos foi fiscalizar a captação clandestina de água do local. (Marcel Scinocca)