Rede social é ‘olheira’ de festas clandestinas
Reclamações sobre as festas clandestinas realizadas em Sorocaba já não são novidade. Agora, as mídias sociais assumiram o papel de “olheiro”. Diversos perfis no Instagram atualizam, em tempo real, os “fluxos” que ainda não foram interrompidos pela polícia. Além de direcionar o público para locais onde não há fiscalização, as páginas divulgam os eventos, também irregulares, agendados para a semana.
Um dos perfis contam com mais de 12 mil seguidores e faz, até mesmo, parcerias com estabelecimentos que vendem bebidas alcóolicas. Grande parte do conteúdo publicado é repostagem de stories que os próprios seguidores fazem e marcam a conta. O meio de comunicação também repreende aqueles que fazem algazarra e chamam atenção da polícia.
Exemplo disso é o polêmico episódio do baile funk do Jardim Ipiranga, onde homens subiram em um carro funerário e dançaram. A conta chegou a divulgar o nome de um deles e disse que o mesmo merecia “tomar um salve”. Ainda conforme as publicações, a pessoa desativou as redes sociais após o ocorrido.
Desde o último fim de semana, a cidade ganhou reforço no policiamento preventivo para coibir os pancadões. A força-tarefa foi anunciada pelo prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) no primeiro dia deste mês. A operação Paz e Proteção já ocorria de maneira costumeira no município. Agora, a nova iniciativa foi denominada de operação Saturação. Ela reforça as ações preventivas contra os eventos clandestinos, com número maior de policiais e guardas civis, além de contar com apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar para auxiliar na fiscalização.
Segundo a Secretaria de Segurança Urbana, o fim de semana passado contou com três operações. Na sexta-feira (1º), atuaram 40 policiais e 24 GCMs; no sábado (2), 40 PMs e 24 GCMs; no domingo (3), 40 PMs e 26 GCMs. O monitoramento das mídias sociais é feito pela Polícia Militar. (Wilma Antunes - programa de estágio / Supervisão: Aldo Fogaça)