Sorocaba
Crea-SP bate recorde de fiscalizações
Os planejamentos para a categoria no ano de 2022 também foram abordados durante visita à FUA
O número de fiscalizações do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) bateu a marca de mais de 256 mil ações, sendo o maior índice nos 88 anos da autarquia. Os resultados foram divulgados durante visita dos presidentes do Crea e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (Aeas) -- Vinicius Marchese e Heverton Bacca -- à sede da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), na segunda-feira (13), pela manhã. O engenheiro Luiz Francisco da Silva, o gerente regional do Crea-SP, Rafael Janeiro, e a superintendente de Fiscalização do Crea-SP, engenheira Maria Edith dos Santos acompanharam os visitantes. Os planejamentos para a categoria no ano de 2022 também foram abordados.
“O ano de 2021, com todas essas dificuldades, foi um ano interessante do ponto de vista de ser uma experiência. Nós fomos forçados a nos adaptar para um processo diferente e a gente fecha o ano com os maiores índices, os melhores números de fiscalização dos últimos 88 anos”, celebrou o presidente do Crea-SP, Vinicius Marchese.
Até o momento, foram registradas mais de 130 mil ações de fiscalização na área da engenharia civil, cerca de 41 mil nas engenharias elétrica e mecânica e metalúrgica, além de 41.786 em engenharia elétrica, 13.526 em agronomia, 10.849 em segurança do trabalho e 9.310 de engenharia química. Outros resultados foram de agrimensura e eeologia e engenharia de minas, com cerca de 4 mil fiscalizações em cada área.
A superintendente de Fiscalização do Crea-SP, engenheira Maria Edith dos Santos, disse que o crescimento dos números se deve à adoção do modelo das forças-tarefas, que ocorrem em períodos, regiões e atividades pré-determinadas, o que faz com que a fiscalização seja mais assertiva. Além disso, os agentes fiscais utilizam a tecnologia para otimizar os resultados, com pesquisas prévias antes de irem à campo. “De 2015 a novembro de 2021, as ações de fiscalização do Crea-SP tiveram um aumento superior a 600%, com a utilização das forças-tarefas e com apoio tecnológico ao trabalho dos agentes fiscais. Saímos do Estado que menos fiscalizava para a dianteira da fiscalização das atividades abrangidas pelas engenharias, agronomia e geociências no País”.
Heverton Bacca, presidente da Aeas, ressaltou que, tanto a associação quanto o conselho, estão alinhando suas perspectivas para avançarem com conexões que levem a um ecossistema tecnológico. “Ter um prédio que valorize o profissional, que dê a infraestrutura como coworking para o associado e também para o profissional do Crea”, destacou, se referindo à nova unidade inaugurada em agosto de 2021 em Sorocaba. “A gente acompanha essa perspectiva de evolução dos sistemas, de tecnologia nos processos, porque o Vinicius tem essa visão de trazer tecnologia para o sistema e nós compartilhamos”.
Vinicius falou sobre a importância do profissional de engenharia durante o período pandêmico. “A engenharia não parou. O processo de desenvolvimento da vacina tem muita engenharia envolvida. A gente tentou fiscalizar de maneira remota, mas a vacinação veio realmente como um alvará para a retomada da fiscalização como deve ser feita”, afirmou ele.
Para 2022, a expectativa é desafiadora e deve ser pautada na inovação tecnológica e empreendedorismo, com uma rede de conexões, como o Parque Tecnológico de Sorocaba, universidades e estudantes. “A gente não pode ter um Parque Tecnológico em Sorocaba e o Crea não estar dentro desse parque ou não estar conectado a esse ecossistema. Nosso desafio é trazer a mentalidade da inovação e do empreendedorismo para acelerar novas ideias”, disse Vinicius. Sobre isso, Heverton Bacca destacou a atuação dos estudantes no processo de desenvolvimento tecnológico.