Ômicron pode significar o fim da pandemia, avalia especialista
Variante é mais transmissível e menos agressiva
Há dois anos do início da pandemia de coronavírus que virou o mundo ao avesso, a variante Ômicron pode significar um alento e, ao que parece, o fim da pandemia, como avaliou o médico e diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, Dr. Fernando Brum.
"Eu acho que estamos na melhor fase da pandemia, que dá sinais do final dela. Isso não significa acabar com o vírus, mas a doença se tornando endêmica", disse Dr. Brum.
Apesar do médico ressaltar que não há embasamento científico, sua avaliação não está atrelada ao mero otimismo. O diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia contou ao jornal Cruzeiro do Sul que os casos de Covid-19 estão mais brandos na cidade. "As variantes Gama e Delta eram muito agressivas, com alto poder de destruição. Hoje, nós estamos em uma fase favorável, com muitos se contaminando mas de forma leve".
A variante Ômicron parece ser mais transmissível do que as demais. Entretanto, sua agressividade é menor. "Todos que chegam ao hospital têm o mesmo quadro clínico: ausência de foco infecioso e intensa dor no corpo, apenas queixas superficiais. O vírus está mostrando o enfraquecimento da sua agressividade", afirmou o médico.
Sobre o perfil das pessoas que estão se contaminando, Dr. Brum reitera que a grande parte são jovens e adultos, que estão no meio social e produtivo. Já as pessoas não vacinadas tendem a apresentarem complicações, menos comuns aos que foram imunizados, conforme o especialista.
De acordo com Dr. Fernando Brum, para o futuro é necessário chegar em um limite de doses da vacina, da mesma forma que será importante rever o uso eficaz das máscaras e do distanciamento. "Se a doença se dissemina fácil e complica minimamente, ate certo ponto é uma forma de se adquirir a imunidade de rebanho mais facilmente e com menos riscos. Quando falo para rever, não é liberar geral, mas sim estabelecer critérios técnicos, sociais e econômicos", concluiu.