SES confirma registro de 961 novos casos de Covid-19 e quatro óbitos

Nesta sexta (21), 6.962 pessoas esperavam o resultado de testes para detectar o novo coronavírus na cidade

Por Marcel Scinocca

Com os números atualizados ontem, a cidade atingiu mais de 90 mil infecções confirmadas desde o início da pandemia

O número de pessoas esperando por resultado de teste para detectar o novo coronavírus, em Sorocaba, é o maior desde o início da pandemia. Os dados divulgados ontem (21) pela Secretaria de Saúde da cidade (SES) apontam que 6.962 pessoas -- 1% da população -- estavam no aguardo de análise de amostras.

A cidade também registrou o terceiro dia seguido com mortes e atingiu 90 mil infecções confirmadas desde o início da pandemia, em março de 2020. Também foi o dia em que a cidade registrou o maior número de casos desde o início da situação pandêmica.

De acordo com as informações, houve aumento de pessoas esperando por resultados. O número foi de 6.910 para 6.962. Como a estimativa da população de Sorocaba, segundo o IBGE, é de 695.328, o número mostra que pouco mais de 1% da população espera por resultados.

Os dados também apontam que 961 novos casos foram confirmados. É o maior número de confirmações em 24 horas desde o início da pandemia. O recorde anterior era de 939 casos registrado em 22 de junho de 2021. Agora, com esses números, Sorocaba tem 90.070 casos notificados. O número demostra que quase 13% da população já foi infectada pelo novo coronavírus.


Mortes

O número de mortes em função da pandemia aumentou para 2.895. É o terceiro dia seguido que a cidade apresenta novos óbitos pela Covid. Foram quatro novas vítimas. Todas as vítimas eram mulheres e tinham entre 75 e 97 anos. As mortes, registradas entre 17 e 20 de janeiro, ocorreram na rede pública de saúde. Todas as vítimas apresentavam fatores de risco para a Covid-19. Até ontem, Sorocaba não tinha óbitos em investigação.


Especialistas

Rosana Maria Paiva dos Anjos, médica infectologista e professora na Faculdade de Medicina PUC-SP, disse que está ocorrendo uma explosão de casos, não em Sorocaba, mas no Brasil e em vários países do mundo. Segundo ela, muito do que está acontecendo é que as pessoas retornaram as suas vidas, participando de festas, como no final do ano, muitas vezes sem os cuidados necessários, fazendo com que o vírus circulasse mais.

Para a médica, na medida que a pandemia foi avançando, houve as mutações que conhecemos e vírus trouxe cepas mais “suave”. Entretanto, ainda conforme ela, mesmo com a vacinação ocorreram mortes e casos graves. “A vacina tem suas limitações. Então, como todo mundo já sabia, a vacina também não protege da morte, não protege de casos graves, não é? Então eu acho que as pessoas têm que começar a repensar”.

Por outro lado, ela defende a manutenção de todos os cuidados sanitários. “A gente continua ainda mais uns quatro meses tomando os cuidados e depois também, devagar, retomando”, disse.

Sandra Houly, infectologista e professora do curso de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) concorda com o aumento no número de casos, mas com mortes e casos mais graves com menos intensidade. Para ela, inclusive, essa situação é reflexo do processo de vacinação, adotado desde o no passado.

“A vacina reduz as chances de desfechos graves e consequentemente a pressão sobre os serviços de saúde. O autopoder de transmissão da variante Ômicron acende o alerta para a necessidade de redobrar os cuidados de prevenção contra a Covid”, comentou. A médica também defendeu as máscaras com processos de certificação como parte dos cuidados e a continuidades das vacinações. (Marcel Scinocca)