Da educação
Pagamento de vigias terceirizados da rede municipal gera impasse
Funcionários e ex-funcionários falam em constantes atrasos; empresa e prefeitura negam
Um impasse entre funcionários e a empresa contratada para gerenciar o trabalho de vigias nas escolas municipais tem marcado a relação entre ambas as partes nos últimos dias. Funcionários reclamam de constante atraso de pagamento dos salários e demais obrigações contratuais, enquanto que a empresa nega. A Prefeitura também conta que situação não procede. O assunto chegou à Câmara.
Na terça-feira (15), um grupo de funcionários da SM Service System Terceirizados Ltda. relatou que a situação tem sido recorrente. Para embasar a situação, a reportagem teve acesso a documentos e também a conversas em aplicativo de troca de mensagem.
Um funcionário alegou falta de depósito do FGTS, falta de suporte ao funcionário, falta fiscalização, vigia sem amparo e salário atrasado. “O que estamos pedindo é o que é nosso. A gente trabalha para receber”, comentou ele, que conta que só recebeu após negociar com a empresa. O empregado pede para que o contrato seja melhor fiscalizado.
A reportagem apurou ainda que o salário atrasou na semana passada, sendo que havia o risco de cinco escolas ficarem sem vigia. Conforme outro funcionário, houve negociação para que os pagamentos fossem feitos. “Aí, o salário caiu em 20 minutos”, disse. Documentos mostram que o último depósito do FGTS ocorreu em novembro de 2021.
Ex-funcionários e pessoas que estão em processo de pedido de demissão também falaram com a reportagem sob a condição de anonimato. Uma delas disse que há desconto do FGTS, mas que não há depósito na Caixa. Uma vigia conta que pediu demissão em 19 de fevereiro e não recebeu nada até o momento.
A empresa negou com veemência qualquer irregularidade. “Essa informação não procede, todos os salários e benefícios foram realizados antecipadamente”, informou por meio de seu jurídico. “Acreditamos que, esse tipo de denúncia é realizado por um fato isolado de uma funcionária que pediu demissão em fevereiro, não cumpriu aviso prévio de realizou diversas ameaças perante a empresa”. Com o envio de documentos, a empresa diz ainda que a denúncia é vaga. “(...) a denúncia é vaga, servindo apenas para denegrir a imagem da empresa e também do ente contratante”, enfatizou.
Da mesma forma, o Executivo sorocabano negou atrasos. “A Secretaria da Educação (Sedu) informa que essa informação não procede. Segundo apurado junto à empresa prestadora de serviços, o pagamento do salário foi adiantado e o FGTS está sendo pago regularmente, conforme comprovantes enviados à Sedu. O vale-transporte também está sendo pago normalmente àqueles que fizeram essa opção no ato da contratação”, garante.