Sorocaba recebe pela 2ª vez Fórum Nacional de Mobilização Contra as Drogas

Cidade quer recursos do governo deferal para construir centro terapêutico municipal e clínica de desintoxicação

Por Cruzeiro do Sul

Sorocaba sediou pela segunda vez, nesta sexta (11), o 2º Fórum Permanente de Mobilização Contra as Drogas.

Sorocaba sediou pela segunda vez, nesta sexta-feira (11), o 2º Fórum Permanente de Mobilização Contra as Drogas, em parceria com o governo federal. Apesar da cidade ter conseguido ampliar o número de vagas para atendimento de dependentes químicos, por meio de um convênio realizado no ano passado com o Ministério da Cidadania, Sorocaba ainda não possui um centro terapêutico para internação gratuita de pessoas com dependência química.

Por conta disso, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, disse, durante o evento, que a cidade espera contar com o apoio do governo federal, por meio do Ministério da Cidadania, para que a cidade receba recursos para construir um centro terapêutico municipal e uma clínica de desintoxicação para o tratamento gratuito de dependentes químicos.

Conforme Manga, ele irá conhecer, na semana que vem, um centro terapêutico municipal, que foi inaugurado recentemente no município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. “A intenção da Prefeitura é trazer o mesmo modelo de gestão para Sorocaba, e além disso uma clínica de desintoxicação para dependentes químicos”, afirma.

Manga disse ainda que a intenção da Prefeitura de Sorocaba é que o centro terapêutico municipal e a clínica de desintoxicação sejam construídos junto ao hospital municipal que a atual gestão pretende construir na zona norte da cidade, também com recursos do governo federal.

“Outro pedido feito ao Ministério da Cidadania no evento é a aquisição de um ônibus, que possa atuar nos bairros com a população, para levar atendimento para dependentes químicos”, aponta Manga.

Segundo dados informados pelo prefeito, Sorocaba passou no ano passado de 30 vagas para tratamento de pessoas com dependência química para 530 em centros terapêuticos gratuitos que existem em outras cidades paulistas, já que Sorocaba não possui nenhuma unidade para internação de usuários de drogas com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o prefeito Rodrigo Manga, diariamente a Prefeitura de Sorocaba realiza um trabalho, por meios das secretarias da Cidadania e da Segurança Pública, junto com a Controladoria Geral do Município, com equipes que vão para as ruas resgatar pessoas em situação de rua, e que também são dependentes químicos.

Manga disse ainda que atualmente a cidade não tem fila de espera para tratar pessoas com dependência química por conta do convênio realizado no ano passado com o Ministério da Cidadania, mas eles são encaminhados para internação em outras cidades. “Nosso grande desafio é termos uma unidade pública para internação involuntária e vamos solicitar os recursos necessários junto ao governo federal”, diz.

O ministro da Cidadania, João Roma, que estava confirmado no evento, teve mudança na agenda e não compareceu.

Já o secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Quirino Cordeiro, presente no evento, disse que o governo federal tem investido cerca de R$ 280 milhões para ampliar as vagas para o tratamento de dependentes químicos em todo o Brasil passando em 2018 de 2 mil vagas para 17 mil vagas, em cerca de 700 centros terapêuticos que existem atualmente, e que recebem recursos federais. “O Estado de São Paulo possui várias dessas entidades, que recebem recursos do governo federal, e várias delas recebem dependentes químicos de Sorocaba para tratamento e internação”, afirma.

Pontos de consumo de crack

Sorocaba possui atualmente cerca de sete pontos onde usuários de drogas se reúnem para consumir crack e outras drogas, chamados de “minicracolândias”, em uma referência à área que concentrava viciados em São Paulo. A informação é do prefeito Rodrigo Manga.

Segundo ele, o local que mais concentra pessoas para o consumo de drogas é um prédio abandonado no Jardim Betânia, na zona norte da cidade. Manga disse ainda que quando assumiu a gestão da Prefeitura de Sorocaba a cidade tinha 52 pontos de usuários de drogas.

O prefeito afirma ainda que a gestão municipal não possui um número exato de dependentes químicos na cidade, mas que o número é estimado conforme a quantidade de pessoas em situação de rua, visto que a maior parte são usuários de drogas e de álcool.

“Quando assumi a Prefeitura, eram cerca de 2,5 mil pessoas em situação de rua, muitas delas de outros municípios, e atualmente são em torno de 450, sendo que grande parte é usuária de crack”, afirma Manga. (Da Redação)