Desassoreamento do rio Sorocaba ainda depende de licença ambiental

Limpeza será em trecho de 9,2 km, entre a Raposo Tavares e a Radial Norte

Por Cruzeiro do Sul

Em alguns trechos do rio Sorocaba as ilhas resultantes do assoreamento já atingem quase a altura das margens e têm até vegetação

A Prefeitura de Sorocaba aguarda a concessão de licenças ambientais para iniciar o desassoreamento do rio Sorocaba. As obras foram anunciadas no mês passado e serão desenvolvidas por meio de parceria com o governo estadual. O pedido foi encaminhado à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em regime de urgência. A previsão é que os trabalhos comecem nos próximos dias. O investimento é de aproximadamente R$ 10 milhões e o volume estimado de material a ser recolhido ao longo de seis meses é de 40 mil metros cúbicos.

Em resposta ao questionamento do Cruzeiro do Sul sobre o desassoreamento do rio Sorocaba, a Cetesb informou que recebeu o pedido do município e agora analisa um local para a destinação final do material a ser retirado do leito do rio. Segundo a Prefeitura de Sorocaba, as obras no rio serão realizadas no trecho entre a rodovia Raposo Tavares e a Radial Norte -- no final da avenida Dom Aguirre --, em nove pontos com maior acúmulo de sedimentos: ponte do bairro de Pinheiros, Terminal São Paulo, praça Lions, Usina Cultural, subestação da CPFL, rua Saliba Mota, Jardim Iguatemi, Parque das Águas e Radial Norte, totalizando 9,2 quilômetros no trecho urbano do rio.

O córrego do Itanguá também está incluído no atual programa de desassoreamento. Neste manancial, no entanto, as obras foram iniciadas há algumas semanas. Elas abrangem um total de 1,6 quilômetro, entre as ruas Riuzaku Kanizawa e Manoel Camargo Sampaio, na região dos jardins Marli e Itapemirim. O volume estimado de retirada de material é de 10.000 m³.

De acordo com o Saae, as obras de desassoreamento do córrego Itanguá são complementares ao desassoreamento de um trecho de 520 metros do córrego, na região do Itapemirim e Jd. Marli, já executado pela autarquia, com recursos próprios, em janeiro passado, para atender demanda emergencial de combate a alagamentos.

Benefícios

“Os benefícios das duas obras são vários: a remoção de bancos de areia que causam afunilamento da calha; a melhora no fluxo de escoamento; a redução da possibilidade de sobre-elevação da lâmina d’água e a retirada de sedimentos acumulados nos dois cursos d’água”, informa o diretor-geral do Saae de Sorocaba, Tiago Suckow.

O gerenciamento dos serviços cabe às equipes técnicas do Saae, com as obras sendo executadas por empresa contratada. Os recursos e equipamentos empregados são oriundos do governo estadual, como escavadeira hidráulica, caminhões basculantes, dragas e trator de esteira. (Da Redação)