Cartórios em Sorocaba atenderam 800 eleitores nesta quarta-feira (4)
Prazo para regularizar pendências com a Justiça Eleitoral ou para tirar o primeiro título está encerrado
Cerca de 800 pessoas compareceram aos cartórios eleitorais de Sorocaba até as 16h desta quarta-feira (4), último dia para emitir ou regularizar o título de eleitor. O movimento era intenso no local, no fim da tarde. Muita gente aproveitou a chance final para ficar em dia com a Justiça Eleitoral. O prazo para efetuar os procedimentos nos cartórios terminou às 18h e, pela internet, às 23h59. Agora, poderão ser realizados somente a partir de novembro. Quem não regularizou não poderá votar nas eleições de outubro. O total de sorocabanos que fizeram o alistamento eleitoral ou resolveram pendências será divulgado posteriormente.
Segundo João Lima, chefe da 343ª Zona Eleitoral, neste ano, a busca pelos serviços foi maior em relação às eleições de 2020. Lima observou, principalmente, aumento do alistamento eleitoral entre jovens de 16 e 17 anos, que ainda não são obrigados a votar. Ainda, conforme ele, até 15 dias atrás, quando foi feita a última estimativa, havia 1.900 eleitores dessa faixa etária registrados.
O objetivo é que, no balanço final, essa quantidade tenha mais do que dobrado. “A nossa meta é que tenhamos, pelo menos, cinco mil jovens cadastrados em Sorocaba”, disse Lima. Para incentivar a participação de adolescentes nas eleições, houve diversas ações. Uma delas ocorreu na Escola Técnica Estadual (Etec) Fernando Prestes, no Jardim Paulistano, no dia 25 de abril. Na ocasião, estudantes assistiram a palestras sobre a importância das eleições e do voto, bem como aprenderam a usar a urna eletrônica. Ainda foram ensinados como tirar o título pela internet.
Irregularidade tem consequências
Há consequências para pessoas de 18 anos ou mais que não tiraram o documento ou não colocaram a situação em dia. E elas vão para além da proibição de comparecimento à urna neste ano. Quem estiver irregular junto à Justiça Eleitoral não pode tirar passaporte, participar de concurso público e matricular-se em instituições públicas de ensino superior, por exemplo. Esses cidadão podem até mesmo ter dificuldades para conseguir emprego. “Em algumas empresas, pede-se a certidão de quitação eleitoral. Então, (se a pessoa não tiver), é um documento que fica pendente”, lembrou Lima.
Para evitar todos esses transtornos, a estudante de biomedicina Isabelly Camargo, de 19 anos, tirou o primeiro título eleitoral, ontem (4). Para ela, a eleição é a oportunidade primordial de exercer diretamente a democraria. “É questão de consciência e de responsabilidade. É o futuro do nosso país”, comentou.
O gerente de vendas Sérgio Prudente de Oliveira, de 54 anos, regulamentou a sua situação eleitoral. Como não votou nos três eleições anteriores, ele teve o título cancelado. Por isso, precisou pagar as multas pelas ausências e emitir um novo título. (Vinicius Camargo)