‘Matei e mataria de novo’, disse homem preso por assassinato de agricultora

Informalmente, funcionário da vítima confessou o crime ao delegado de polícia de Piedade; interrogatório está previsto para a tarde de hoje (24)

Por Da Redação

Delegacia da Polícia Civil de Piedade

A Polícia Civil de Piedade informou na manhã desta sexta-feira (24), que o funcionário da agricultora Margarida Pereira Rosa da Costa, de 60 anos, assumiu o crime e disse que mataria de novo. Ele foi preso na noite de ontem (23), em Ibiúna, por volta das 22h.

Após a polícia encontrar o corpo de Margarida em um poço, na tarde de ontem (23), os investigadores receberam a informação de que o homem estava em Ibiúna, onde após campana na região, ele foi preso. “A nossa intenção era primeiro prendê-lo, agora nós vamos atrás. Informalmente, ele confessou, e falou que mataria de novo, mas não falou o motivo. Nós vamos levar ele à delegacia hoje, porque nós não podemos ouvir ele em interrogatório no período noturno, sob pena de abuso de autoridade, a lei proíbe. Então ele vai ser interrogado formalmente”, explica o delegado da Polícia Civil de Piedade, Manoel Dini. 

O homem foi ouvido pela polícia na segunda-feira (20), no dia em que o veículo da agricultora foi encontrado em Tapiraí, “Ele foi apresentado à autoridade de plantão, como ainda não havia indício de crime, se tratava de um desaparecimento, ele foi liberado”.

Ele era meeiro da agricultora e, de acordo com o delegado, muitas coisas não estão claras e precisam ser esclarecidas “Ela conseguiu o terreno e ele plantava, depois dividiam o lucro. A linha de investigação é essa, algum problema nessa meação”.

O velório da vítima está previsto para hoje (24) às 15h30 no Velório Municipal de Piedade. O sepultamento será no Cemitério Jardim Eterno.

Dívida de R$ 9 mil

O tio da vítima Nelson Prestes de Oliveira, que também está como vereador em Piedade, disse que o homem devia R$ 9 mil à vítima, “Pelo que eu sei, ela cobrou ele. Então ele pediu que ela fosse à roça para que eles acertassem as contas. Ela foi pensando que eles iriam acertar a dívida, mas ele já estava planejando assassinar ela”.

O homem era uma pessoa conhecida no bairro, amigo da família há muito tempo, “As famílias se criaram juntas. Eu conhecia ele desde pequeno, vi ele e os irmãos crescerem e o pai dele era muito amigo da família. A revolta foi total, principalmente dos dois filhos dela, quando soubemos que ele era o suspeito”.

A família de Margarida espera agora por justiça “Que ele pague pelo que fez, uma pessoa como ele não pode viver solta na sociedade. Agora as pessoas têm medo dele”, disse. (Da redação)