Projeto que obriga presença vereadores não tem data para ser votado
A iniciativa é do vereador Fernando Dini que também é o autor da matéria que permite a realização de sessões mistas
Passados quase quatro meses desde que foi protocolado, o projeto de resolução que torna obrigatória a presença de vereadores no prédio do Legislativo de Sorocaba ainda não tem data para ser votado. Agora, com o recesso das sessões ordinárias, a inclusão da proposta na pauta da sessão, ordinária ou extraordinária, parece ainda mais distante. A iniciativa é do vereador Fernando Dini (MDB) que, curiosamente, também é o autor da matéria que permite a realização de sessões mistas na Casa, apresentada e votada em menos de 24 horas.
Em 24 de março deste ano, a Câmara aprovou o projeto de resolução que possibilita os parlamentares a participar das reuniões de forma virtual. A decisão repercutiu negativamente entre a população, que se mostrou insatisfeita. Isso porque a medida obriga os parlamentares a comparecerem ao prédio apenas em suas respectivas posses. O projeto passou por 16 votos favoráveis dos 20 com direito a voto.
Após pressão popular negativa, Dini voltou atrás e protocolou, no dia 28 do mesmo mês, um projeto de resolução para revogar as sessões híbridas com participações presenciais e on-line na Câmara. Embora o assunto ressurja entre uma sessão e outra, a votação, de fato, sequer tem data para ser realizada.
Entre os inúmeros relatos de munícipes indignados com a demora para a votação, está o de João Américo Genezi Pellini, leitor do Cruzeiro do Sul. “Espero, sinceramente, que não estejam esperando a população sorocabana esquecer do assunto e deixar tudo como está. Espero mais, que o presidente da Câmara não alegue que o assunto está na dependência de pareceres parados das comissões!”, escreveu.
Conforme o Legislativo informou à reportagem, o projeto tramita nas comissões e aguarda o pedido do autor ao presidente Cláudio Sorocaba (PL) para inclusão. Dini foi questionado sobre a inclusão da proposta nas pautas da sessões desde o dia 7 de julho. Contudo, o parlamentar não se manifestou até agora. (Wilma Antunes)