Moradores do Residencial Itaim, em Itu, reclamam de falta de água
Eles também se queixam de que mesmo sem água as contas continuam chegando
Moradores do Residencial Itaim, em Itu, estão sem água há um mês. É o que relata Osmir Alves, que possui um comércio e residência no bairro. Ele disse que a água chega, mas após 15 minutos, acaba novamente. Segundo ele, essa instabilidade no fornecimento de água à população ocorre desde que mudou para o local há 25 anos.
“Sempre foi assim. Agora, não tem água para tomar banho e, para cozinhar, preciso sair comprar”, disse. “Há uma semana, a Prefeitura de Itu mandou um caminhão-pipa aqui. Encheu a caixa d’água de 500 litros, o que não dá nem para um dia. Tenho quatro netos em casa”, explica.
A solução, por enquanto, tem sido comprar galão de água. “Compro dois galões de água todos os dias, para cozinhar e para beber”, diz. Para tomar banho, Osmir recorre à água da Schincariol e da bica d’água do Santa Teresa. Por dia, o comerciante gasta em torno de 13 reais em cada galão. Se ele comprar todos os dias, a conta chega a R$ 806 no mês.
O comerciante reclama também da conta de água. “Não temos água, mas a cobrança vem. Pago entre R$ 180 a R$ 200 na conta, um gasto em ‘vento’, porque água mesmo não tem, mas o relógio está virando”, reclama.
Outra moradora do bairro, que prefere não se identificar, já precisou chamar caminhão-pipa. “O bairro é bem íngreme, eu fico sem água algumas vezes, mas os moradores lá de cima ficam sempre sem água. Três meses atrás, quando ficamos um bom tempo sem chuva, precisei chamar um caminhão-pipa. É complicado, porque sem água não tem como tomar banho, lavar roupa. A água falta, mas a conta chega”, lamenta.
O que diz a CIS
Em nota, a Companhia Ituana de Saneamento (CIS) informou que o bairro está localizado em uma ponta de rede e “alguns imóveis - não o bairro todo - podem apresentar dificuldades por conta das obras da ETA do Rancho Grande, divulgadas no início deste mês”. A CIS ainda afirma que os imóveis estão recebendo suporte com caminhão-pipa e que a informação sobre os dias de desabastecimento não procede. (Virginia Kleinhappel Valio)