Unimed Sorocaba orienta sobre transmissão da varíola dos macacos

OMS declarou no último sábado (23) que o atual surto de varíola dos macacos constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional

Por Cruzeiro do Sul

Esta imagem de microscópio eletrônico mostra partículas do vírus da varíola dos macacos coletadas de uma amostra de pele humana durante o surto de 2003. À esquerda estão partículas de vírus maduras e ovais; à direita há vírus imaturos esféricos e arqueados

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou no último sábado (23) que o atual surto de varíola dos macacos (monkeypox) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Mas o que é essa doença e qual o risco de transmissão?

A varíola dos macacos, ou monkeypox como tem sido chamada, foi detectada pela primeira vez na década de 1970 e é uma doença viral rara transmitida pelo contato direto com o sangue, fluídos corporais, lesões de pele ou mucosa. A transmissão por gotículas respiratórias é rara e só acontece através de um contato pessoal prolongado, colocando família e profissionais de saúde em maior risco.

Os primeiros sinais aparecem até o 5º dia de contato e podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, palma das mãos, planta dos pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Os sintomas podem durar de duas a quatro semanas e os casos mais graves podem aparecer em crianças e, embora a vacinação contra a varíola comum tenha sido eficiente no passado, pessoas com menos de 40 anos podem ser mais suscetíveis por causa da cessão das campanhas de vacinação graças à erradicação da doença no mundo.

De acordo com a infectologista da Unimed Sorocaba Marina Jabur, a melhor forma de evitar o contágio é não ter contato íntimo e/ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele, usar máscara em locais públicos para proteção de gotículas e saliva, evitar beijar, abraçar pessoas com suspeita de “monkeypox”, higienizar as mãos com frequência, não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres e copos, objetos pessoais. “É importante ficarmos ficar atentos às informações de fontes seguras. A disseminação de notícias sem confirmação pode causar pânico e não ajudará na erradicação da doença.”

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, bem como com qualquer material que tenha sido usado pela pessoa infectada. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. (Divulgação)