Queda no preço dos combustíveis muda rotina de quem usa veículos

Em julho, reajuste -- a menor -- já foi praticado duas vezes pela Petrobras

Por Thaís Marcolino

Carro sendo abastecido com gasolina

Quem abasteceu o veículo nos últimos dias já percebeu que está mais baixo o preço dos combustíveis. O último reajuste da Petrobras foi feito na quinta-feira (28) e reduziu em R$ 0,15 o preço da gasolina para as distribuidoras, que já estão pagando R$ 3,71 pelo combustível. Porém, o preço fica mais alto para o consumidor final devido aos impostos. Essa é a segunda vez que a Petrobras reduz o preço da gasolina no mês. Na quinta-feira da semana passada, dia 20, o reajuste para baixo da tabela do combustível foi de R$ 0,20, de acordo com a estatal.

Em Sorocaba, o litro da gasolina comum agora pode ser encontrado por R$ 5,75, em média, de acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Esse é o menor valor do ano. Em relação ao mês passado, a gasolina comum teve queda de R$ 1,08/litro nos postos sorocabanos.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) reagiu com otimismo a baixa dos preços. “Retoma o poder de consumo dos clientes e assim podem comprar mais e os postos podem ter uma venda maior, além da redução dos custos operacionais que estavam altos em relação ao preço do produto”, disse o presidente do Sincopetro de Sorocaba, Jorge Marques.
Frank Camargo, dono de posto de combustível, também comemorou o preço atual e espera que tenha mais reduções, porque antes a queda era por parte do imposto, como o ICMS, mas agora é por parte da Petrobras. “A gente torce para que aconteça até o final do ano sim e vai ser bom para todo mundo”, apostou.

Para quem usa o veículo todos os dias para trabalhar, o reajuste foi recebido com alívio. Claudio Marcelo Lino da Silva, 47 anos, é consultor de vendas e gasta um tanque e meio de combustível por semana e com o preço de agora vai economizar cerca de 10% no final do mês. Além do benefício financeiro, a rotina no trabalho também tende a voltar, já que ele precisa viajar para visitar os clientes.

Até nas tarefas mais simples do dia a dia, como buscar os netos na escola, também foi impactada com o litro custando quase R$ 7 para a família de Ana Joana Matos de 60 anos. “Fazia apenas o essencial e acabei ficando mais em casa porque estava muito alto e como a gasolina não afeta só na hora de abastecer, o orçamento ficou bem apertado. Ainda bem que caiu. Já estava na hora”, disse a dona de casa. Mas agora com o reajuste, ela espera que a queda também venha em cadeia e atinja outros produtos, assim quando aumenta.

Não foi só a gasolina que teve queda, o etanol também apresentou reajuste, mas no caso do combustível a base de cana de açúcar o preço mais baixo está relacionado a safra da matéria prima. O preço por litro do etanol está em R$ 3,92, em média, segundo a ANP. (Thais Marcolino)