Região tem 871 casos de acidentes envolvendo animais peçonhentos

A maioria das ocorrências foi causada por picadas de escorpiões

Por Wilma Antunes

Estado tem unidades para atendimento de acidentes com animais peçonhentos

A maioria dos acidentes com animais peçonhentos na região de Sorocaba é causada por escorpiões, e corresponde a 44,2% das 871 ocorrências registradas até o início de agosto, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde. As aranhas ocupam segundo lugar na lista e, em terceiro, vem as serpentes.

Até o momento, foram contabilizados 385 casos de acidentes com escorpiões, 373 ocorrências com aranhas e 133 com serpentes. Deste total, uma pessoa morreu envenenada. Entretanto, a secretaria não informou em qual município houve óbito.

Em oito meses, o número de acidentes já corresponde a 66,2% do que foi registrado em 2021. No passado, foram anotados 1.315 casos, sendo 577 com escorpiões, 561 com aranhas e 177 com serpentes.
Em 2020, o número total foi ainda maior: 1.595 casos. Os escorpiões continuavam liderando a lista com 801 casos. Depois, aparecem as aranhas, com 600, e as serpentes, com 194.

O Estado possui centros de referência para atendimento de acidentes com animais peçonhentos e todos estão abastecidos com soros antiveneno. “Cabe destacar que a Saúde ampliou em 22% a rede de pontos estratégicos para aplicação de soro, essenciais para garantir atendimento ágil em caso de acidentes com animais peçonhentos”, informou a secretaria.

A expansão ocorreu ano passado. Desta forma, o número de pontos passou de 172 para 211, cobrindo todas as regiões do Estado.

Itu

Em julho deste ano, uma criança de 9 anos morreu após ser picada, provavelmente, por um escorpião, em Itu. O acidente ocorreu enquanto o menino brincava com o cachorro, que também não teria resistido ao ser atacado pelo animal peçonhento.

A vítima foi levada a um Pronto Socorro Infantil da cidade e, segundo a Secretaria de Saúde de Itu, recebeu soro antiescorpiônico em “caráter cautelar”. Apesar de relatos de familiares, a vítima não apresentava marcas de picadas de escorpião e nem sintomas compatíveis. Contudo, devido ao agravamento do quadro, precisou ser transferida para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), onde faleceu. Desde o dia 22 do mês passado, a reportagem questiona a Prefeitura de Itu para saber o resultado dos laudos do Instituto Médico Legal (IML), que confirmaria a causa da morte.

O Cruzeiro do Sul questionou também, mais de uma vez, a administração municipal sobre a suposta demora para transferir a criança para o hospital de Sorocaba, mas não obteve resposta. (Wilma Antunes)