O rei, o príncipe e os valetes

Enquanto Messi e Mbappé dividiram o protagonismo do futebol, CR7 e Neymar fecham 2022 em baixa

Por Cruzeiro do Sul

Camisa 10 argentino conduziu sua seleção ao tri no Catar

O protagonismo no mundo do futebol em 2022 foi dividido entre dois nomes: Lionel Messi, um dos mais importantes jogadores da história e que liderou a emblemática conquista da Argentina, no Catar -- campeã do mundo novamente após 36 anos; Kylian Mbappé, um jovem de 24 anos que já conta com um troféu de campeão mundial no currículo e faturou a chuteira de ouro após marcar três gols em uma final de Copa de Mundo.

Messi ainda não era nascido quando Diego Maradona levantou a taça de campeão do mundo em 1986, conquistada no México diante da Alemanha. No Mundial do Catar, o capitão da Albiceleste marcou sete gols, foi eleito o melhor jogador do torneio e foi vice-artilheiro, ficando atrás apenas de Mbappé, seu companheiro de Paris Saint-Germain, que balançou as redes oito vezes em uma disputa que foi acirrada até o último momento da final.

“Sempre tive o sonho de ser campeão do mundo e não queria deixar de tentar, mesmo sabendo que talvez nunca acontecesse”, disse o argentino em uma publicação no Instagram após a conquista do título.

Com esse histórico, o ano de 2023 reserva mais uma temporada para os adversários na Copa do Mundo e companheiros de equipe no PSG -- que ainda almeja alcançar o título da Liga dos Campeões. Mesmo após a eliminação do time parisiense para o Real Madrid na última temporada, o presidente do clube, Nasser Al-Khelaifi, apostou na renovação do contrato de Mbappé até 2025. Mas para convencer o atacante a continuar em Paris e rejeitar uma oferta do clube merengue, o PSG teve que estender um tapete vermelho diante do camisa 10 dos “Bleus”, concordando com suas reivindicações financeiras e esportivas.

O primeiro desafio do time francês na competição continental em 2023 é o Bayern de Munique nas oitavas de final, com o jogo de ida na França, em 14 de fevereiro, e a volta na Alemanha, no dia oito de março.

Bola de Ouro

Nesse cenário, a disputa pela Bola de Ouro de 2023 se apresenta como uma nova briga direta entre Messi e Mbappé, um duelo que o argentino parece ter vantagem após o título mundial e no qual as duas estrelas devem separar muitas vezes suas ambições de aumentar seus números de gols e assistências em benefício da equipe, que não pode se dar ao luxo de mais uma derrota na Liga dos Campeões.
Embora a coroação definitiva de Messi ganhe maior valor por ter acontecido em sua última tentativa, também gera algumas incógnitas sobre as motivações para o atacante continuar jogando no mais alto nível nos últimos anos da carreira. O craque, no entanto, se mostra decidido a aproveitar este momento único.

“Adoro o que faço e desfruto estar na seleção, estar com este grupo. E obviamente quero continuar vivendo mais alguns jogos sendo campeão do mundo”, disse sobre o seu futuro na seleção argentina.

Por baixo

O grande rival de Messi, o português Cristiano Ronaldo, tem vivido episódios polêmicos e atuações desastrosas no que parece ser o fim de uma carreira vitoriosa. Cristiano, que teve um Mundial decepcionante com Portugal, rescindiu seu contrato com o Manchester United durante o torneio do Catar e, segundo a imprensa, pode estar de malas prontas para o futebol saudita.

Outro jogador do PSG, Neymar também não teve o melhor final de ano após a eliminação dramática do Brasil nas quartas de final de uma Copa em que a Seleção chegou como favorita. O último integrante do trio ofensivo do PSG admitiu que essa derrota ainda “vai doer muito tempo”. (Da Redação, com AFP)