Justiça nega o pedido do MP para que Elize Matsunaga volte à prisão
Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, está em liberdade condicional desde maio do ano passado
A Justiça negou o pedido, feito pelo Ministério Público, para que Elize Matsunaga volte à prisão por uso de documento falso. A solicitação teve como base investigação da Polícia Civil em Sorocaba. A Vara de Execuções Criminais de Franca, onde Elize mora, decidiu que ela segue em condicional porque a investigação da polícia “está em fase inicial, sem condenação, e ela tem cumprido as condições que lhe foram impostas”.
Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, está em liberdade condicional desde maio do ano passado, após passar dez anos de cadeia.
O pedido de suspensão do livramento condicional de Elize foi feito pelo promotor Odilon Nery Comodaro, da Comarca de Franca. Em 27 de fevereiro, ela foi detida e levada ao 8º Distrito Policial de Sorocaba para responder a uma denúncia de falsificação de documentos.
Em Sorocaba, ela trabalhava em uma empresa que prestava serviços de pinturas em condomínios. Para acessar um dos residenciais, que exigia atestado de antecedentes criminais, Elize teria falsificado o documento de um colega de trabalho. Ainda teria colocado o seu nome de solteira em cima do nome original. O QR Code indicativo da autenticidade do documento também foi borrado e os dois números que auxiliam na identificação do atestado, situados no rodapé, foram alterados.
Ela negou a autoria da adulteração, foi indiciada e liberada. O Ministério Público entendeu que ela cometeu ato infracional e pediu a suspensão da liberdade provisória. O pedido foi negado, mas o caso segue em investigação.
Atualmente, Elize trabalha como motorista de aplicativo em Franca, onde passou a morar.
Segundo a Polícia Civil de Sorocaba, Elize morou na cidade por aproximadamente dois meses, entre dezembro de 2022 e o começo de fevereiro de 2023. De acordo com as investigações, ela passou por pelo menos cinco condomínios na cidade.
Condenação
Elize Matsunaga foi presa em 2012, após matar com um tiro na cabeça e esquartejar o corpo do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, dono da indústria de alimentos Yoki. O crime aconteceu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Partes do corpo foram espalhadas em áreas verdes da região metropolitana da capital.
Ela foi condenada inicialmente a 19 anos e 11 meses de prisão, entrou com recurso e, em 2019, teve a pena reduzida para 16 anos e 3 meses por ter confessado o crime. Elize trabalhou na prisão e manteve bom comportamento, o que possibilitou que, em maio de 2022, obtivesse progressão para o regime aberto. (Da Redação)