PIB da Região Administrativa de Sorocaba é o 4º que mais cresceu

O Produto Interno Bruto (PIB) da Região Administrativa (RA) de Sorocaba foi o quarto que mais cresceu no Estado de São Paulo em 2022 entre as 16 regiões paulistas que mais se destacaram no ano passado, segundo informações divulgadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Conforme o levantamento, o PIB da RA de Sorocaba cresceu 4,4% no período, ou seja, acima do resultado do Estado, que foi de 2,8%. O resultado do PIB da RA de Sorocaba ficou atrás somente das RAs de Marília (5%), Santos (4,8%) e Bauru (4,6%).

O PIB é um indicador que reflete a soma de todos os bens e serviços produzidos em dado período e determinada região. A Fundação Seade considera a RA de Sorocaba com 47 municípios, e não a Região Metropolitana, que é composta por 27 cidades. “O PIB paulista cresceu em todas as regiões do Estado de São Paulo, conforme o desempenho apresentado no 4º trimestre de 2022, segundo os dados do Produto Interno Bruto PIB apurados”, destaca a Fundação Seade.

Em todo o ano passado, em valores correntes, o PIB da RA de Sorocaba somou R$ 162,7 bilhões. O montante representa um aumento de 16,9% em relação a 2021, quando somou R$ 139,25 bilhões. Em 2021, a economia ainda enfrentava efeitos negativos da pandemia de Covid-19. Segundo a Fundação Seade, os valores correspondem às variações tanto das quantidades produzidas quanto dos preços.

A evolução do valor do PIB da RA de Sorocaba foi positiva ao longo do ano, apesar de uma pequena redução na comparação dos valores do último trimestre (outubro/novembro/dezembro) de 2022 com o trimestre anterior (julho/agosto/setembro). No 1º trimestre (janeiro/fevereiro/março) de 2022, o PIB da RA de Sorocaba fechou em R$ 34,6 bilhões. Subiu para R$ 40,2 bilhões no 2º trimestre (abril/maio/junho) e para R$ 43,3 bilhões no 3º trimestre. Porém, fechou o último trimestre em R$ 42,7 bilhões.

O valor total do PIB da RA de Sorocaba em 2022 fica atrás somente dos valores dos PIBs da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que fechou em R$ 1,62 trilhões no ano passado; da RA de Campinas (R$ 643,8 bilhões) e da RA de São José dos Campos (R$ 180,1 bilhões).

Para o economista e professor da Universidade de Sorocaba, Marcos Antonio Canhada, a Região Metropolitana (RMS), em especial a cidade de Sorocaba, ao longo de sua história, tem criado condições favoráveis para o crescimento de seu PIB. Ele aponta a melhoria relativa de renda das famílias, o estímulo ao investimentos das empresas, a possibilidade de gastos do governo amparado por tributação consolidada como os principais fatores para o desempenho positivo do PIB da RA de Sorocaba no ano passado.

“E também pelo relativo equilíbrio nas contas externas, são condições favoráveis que foram criadas ao longo das últimas décadas, amparadas por inovação e pesquisa, empreendedorismo e instituições educacionais eficientes, permitindo a contínua melhoria nas condições dos fatores de produção. A conjugação destes fatores contribui, mesmo em momentos de dificuldades macroeconômicas, observar resultados relativamente melhores, quando se compara com outras regiões ou cidades”, destaca o economista.

Participação estadual

O PIB da RA de Sorocaba também foi o 4º colocado em 2022 na participação no PIB estadual, entre as 16 regiões paulistas que mais se destacaram no período. Conforme a Fundação Seade, a participação da RA de Sorocaba no ano passado foi de 5,15%. O percentual superou os das RAs de Santos (3%) e de Ribeirão Preto (2,6%). Porém, o resultado do PIB da RA de Sorocaba ficou atrás das RAs de São José dos Campos (5,6%) e de Campinas (20%).

O ranking do PIB Regional, da Fundação Seade, mostra ainda que a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é a maior aglomeração do Estado, apresentando a maior participação no total do PIB paulista com 50,2%.

Na comparação de 2022 com o ano anterior (2021), o valor do PIB do Estado de São Paulo saltou de R$ 2,82 trilhões para R$ 3,22 trilhões.

“Sempre há o que otimizar e temos constantes mudanças nos requisitos para o crescimento econômico. Portanto, é preciso continuar com atenção as necessidades do mercado para que Sorocaba e região continuem a avançar como destaque no cenário nacional”, aponta Canhada. (Ana Claudia Martins)