Preço da cesta básica caiu 4,01% no mês passado

Pesquisa é feita pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso

Por Ana Claudia Martins

A cebola foi o item de alimentação que teve a maior redução de preço em Sorocaba

Cebola, feijão, óleo de soja, muçarela, frango e a carne de primeira foram os alimentos responsáveis pela queda no preço da cesta básica sorocabana no mês passado. De acordo com a pesquisa mensal, quando comparado com o mês anterior (junho de 2023), houve queda de 4,01%, passando de R$ 1.049,32 para R$ 1.007,19 -- ou seja, R$ 42,13 pagos a menos pelo consumidor. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado (julho de 2022), a queda foi de 9,72% -- economia de R$ 108,43 para o bolso do consumidor.

O Boletim da Cesta Básica Sorocabana é divulgado mensalmente e pesquisa, no total, o preço de 34 alimentos. O levantamento é feito pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas (CSA) da Universidade de Sorocaba (Uniso). O coordenador do CSA é o professor e economista Renato Vaz Garcia.

Segundo o coordenador da pesquisa, professor e economista Marcos Antonio Canhada, a queda do preço da cesta básica em julho de 2023 (-4,01%) foi no sentido do resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou queda de 0,07%. “Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais baratos, assim como os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15”, afirma.

Os grupos de bens que compõem a cesta básica sorocabana apresentaram, em julho de 2023, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (-4,51%), limpeza (-3,48%) e higiene pessoal (0,81%). O produto que mais contribuiu com a queda foi a carne de primeira.

Maiores quedas

Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 20 deles apresentaram queda no preço em julho. Entre os itens que tiveram maiores reduções estão, pela ordem, a cebola (-15,92%), que passou de R$ 5,69 (o quilo) para R$ 4,78; o feijão (-10,27%), passando de R$ 9,17 (o quilo) para R$ 8,23; o óleo de soja, (-8,52%), que passou de R$ 6,88 (900ml) para R$ 6,29; o queijo muçarela fatiada (-7,52%), que foi de R$ 50,70 (o quilo) para R$ 46,89; o frango (-7,21%), cujo quilo passou de R$ 7,80 para R$ 7,24; e a carne de primeira (-7,13%), que baixou de R$ 40,43 para R$ 37,54 o quilo.

De acordo com a pesquisa, no caso da cebola, alimento com a maior queda no mês passado, as causas foram: maiores importações, principalmente oriundas da Argentina; altos estoques do produto; e o bom desempenho da colheita, proporcionando aumento de oferta -- ou seja, eventos ocorridos no primeiro trimestre.

No caso do feijão, a pesquisa aponta a melhora da primeira safra do ano nas regiões Sul e Sudeste para redução do preço. Na mesma linha, com contribuição pela excelente safra e clima favorável, a queda de preço da soja contribuiu para redução no preço do óleo de soja.

Quanto às maiores altas no mês de julho, em relação a junho, os destaques vão para a linguiça fresca (7,64%), que passou de R$ 22,11 (1kg) para R$ 23,80; o extrato de tomate (4,23%), passando de R$ 6,34 (370g) para R$ 6,60; a farinha de mandioca (3,97%), que passou de R$ 5,72 (500g) para R$ 5,95; e a água sanitária (3,86%), que foi de R$ 5,68 (2 litros) para R$ 5,90.

Promoções

O aposentado Júlio Bezerra Leandro, de 81 anos, afirma que os preços dos alimentos estão estáveis e que costuma fazer compras nos dias em que ocorrem promoções no supermercado. “Na verdade, acho que os preços estão estáveis, mas falam que estão baixando. Procuro aproveitar os dias que têm mais ofertas, como aqui neste supermercado da zona norte, onde às quartas-feiras as frutas, verduras e legumes estão mais baratos. Então, tem o dia especial com mais ofertas e sempre compro os produtos com os menores preços”, reforça.

Já a técnica de laboratório Lilian Marcelino, de 41 anos, afirma que alguns produtos estão mais baratos, como a cebola e o leite. Porém, ela afirma que os preços dos alimentos varia de acordo com cada supermercado. “A gente acaba indo sempre em mais de um porque o preço dos alimentos depende muito também de cada local. Assim, dá para aproveitar os melhores preços e as ofertas. São as promoções que acabam salvando a gente”, destaca. (Da Redação)