Veja quais são as ‘profissões do futuro’ e comece a se preparar
As maiores demandas estão ligadas ao mundo digital, como big data, marketing, games e engenharia
Os cargos na área de tecnologia se tornam cada vez mais populares entre os jovens que desejam investir em carreiras com grande demanda: as chamadas “profissões do futuro”. O Fórum Econômico Mundial estima que, até 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por máquinas e algoritmos.
Segundo especialistas em recursos humanos, os avanços tecnológicos cada vez mais rápidos estão alterando o perfil do mercado de trabalho. Atualmente e nos próximos anos, por exemplo, as áreas profissionais com maior potencial de demanda são: big data, marketing digital, especialista em UX design, empreendedorismo digital, engenheiro de softwares, estatístico, especialista em inteligência artificial (IA) e design de games, dentre outras.
Para a head de dados e agilidade de uma plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação, Vivian Liu, os jovens da chamada Geração Z -- nascidos entre 1995 e 2010 --, que se desenvolveu em um mundo marcado pela ascensão da internet e demais avanços digitais, possuem um domínio de tecnologia maior do que as gerações anteriores e, por isso, investem nas chamadas profissões do futuro.
“Por serem verdadeiros nativos digitais, as pessoas que fazem parte desse grupo têm uma tendência a se destacar mais em profissões da área pela familiaridade com tudo o que se relaciona ao digital”, comenta Vivian Liu.
“Além disso, algumas graduações, por serem novas, possuem uma quantidade relativamente baixa de profissionais especializados e experientes e, por isso, podem apresentar melhores oportunidades para jovens no mercado de trabalho”, pontua.
Ainda segundo ela, uma pesquisa divulgada pela plataforma Google aponta que, até 2025, mais de 53 mil profissionais deverão se graduar anualmente, para atender uma demanda projetada de 800 mil novos talentos para as chamadas “profissões do futuro”.
É o caso de Ana Neri, que iniciou a trajetória profissional na área de TI com 23 anos e atualmente ocupa o cargo de engenheira de software em uma edfintech.
“Comecei a desenvolver minhas habilidades de programação ainda muito nova, com apenas 12 anos. Com o decorrer do tempo, percebi que deveria seguir carreira nessa área. Trabalho em uma empresa que tem a tecnologia incorporada ao negócio e atuo como voluntária em comunidades como a WoMakersCode e a NodeBR para compartilhar e trocar experiências com outros profissionais setor”, comenta Ana, que é especializada em JavaScript, TypeScript, Node.js e NestJS.
Em Sorocaba, por exemplo, até multinacionais estão trabalhando em estreita colaboração com educadores para fechar a lacuna de habilidades de automação por meio de um pacote educacional de robótica.
É o caso da empresa ABB, que possui experiência e portfólio de soluções na área. Assim, a empresa está auxiliando instituições educacionais com o treinamento necessário para ensinar habilidades robóticas e de automação aos alunos, que se tornarão os trabalhadores de amanhã.
“A ABB está trabalhando em vários projetos para ajudar alunos em escolas, faculdades e universidades em todo o mundo a entender os aprimoramentos que a robótica está trazendo para setores que vão desde engenharia e manufatura até arquitetura e design de produtos”, informa a empresa.
Games
O fato de a Geração Z estar mais familiarizada com softwares e aplicativos do que gerações anteriores motiva uma procura cada vez maior deste grupo por cursos relacionados, como o de Desenvolvimento de Software, que pode ser um caminho para quem busca se especializar nesta área. Outra área promissora é o Design de Games.
“Essa geração cresceu rodeada por jogos eletrônicos e, naturalmente, tem interesse pelo tema. A ideia de criar e desenvolver games como carreira é extremamente atrativa, gerando uma procura cada vez maior por esse curso, cujo mercado cresceu 140% durante o período da pandemia do Covid-19. As soluções tecnológicas geram impactos significativos no mercado de trabalho e a tendência é que isso continue acontecendo nos próximos anos”, afirma Vivian Liu.
Atuação
O profissional em big data tem a função de registrar cada dado produzido e trabalhar com ele de maneira a transformá-lo em informação útil para a empresa.
Na carreira de marketing digital é possível atuar desde em cargos mais estratégicos, como gerente de mídias sociais, analista de SEO, analista de métricas, gestor de tráfego pago e business intelligence, até em posições mais conceituais, como produtor de conteúdo, copywriter, influenciador digital e assessor de imprensa com foco no ambiente digital.
Os designers de UX (experiência do usuário) são responsáveis por garantir que sites ou aplicativos atendam às necessidades dos usuários com soluções inovadoras e atraentes. Já o empreendedor digital pode atuar em e-commerces, utilizando de meios virtuais para comercializar produtos e/ou serviços, produzindo conteúdo para blogs/sites especializados ou até mesmo infoprodutos.
O engenheiro de softwares é responsável por desenvolver, gerenciar e testar novos softwares, aplicativos e programas. Já o estatístico é um profissional especializado em definir a frequência de eventos para assim prever futuros desfechos. (Da Redação)