Receita e PF cumprem mandado de busca e apreensão e de prisão preventiva em Sarapuí
Ação ocorreu nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; na região mandados foram cumpridos em Sarapuí
A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (29) a Operação Hangover, para desarticular grupo criminoso organizado, responsável pela importação ilícita de mercadorias a partir do Uruguai, destinadas a abastecer o comércio ilegal do centro do País, principalmente o Estado de São Paulo. Na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), foram cumpridos mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.
Para a execução da Operação Hangover, foram mobilizados 10 servidores da Receita Federal e 70 policiais federais, que cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos três estados, além de medidas judiciais para bloqueio de contas bancárias e sequestro de veículos e imóveis dos suspeitos.
Os mandados de busca e apreensão expedidos foram cumpridos nas seguintes cidades paulistas: Sarapuí, São Paulo (capital), Santana de Parnaíba e Guarulhos. Em Santa Catarian, nos municípios de Balneário Camboriú e Bombinhas. E no Rio Grande de Sul, nas seguintes cidades: Pelotas, Jaguarão, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Osório.
Já os mandados de prisão preventiva foram, cumpridos, em São Paulo, nos municípios de Sarapuí, capital paulista, Guarulhos e Santana de Parnaíba, e ainda na cidade gaúcha de Pelotas.
Investigação
Conforme a Receita e a PF, a investigação teve início em maio de 2022 e apurou que os líderes do grupo criminoso, através de empresas constituídas no Uruguai, importavam mercadorias da China e dos Estados Unidos, principalmente, para revender em seus free shops, localizados nas cidades uruguaias de Rio Branco e Acegua. Porém, eles desviavam os produtos para internalizá-los ilicitamente no Brasil, sem o recolhimento de impostos.
A estrutura logística do grupo criminoso contava com depósitos próximos à fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e na região metropolitana de Porto Alegre, pontos onde eram feitos o transbordo da carga. E a partir do Rio Grande do Sul, a mercadoria era enviada em caminhões e ônibus para grandes depósitos na cidade de São Paulo, onde os produtos eram estocados e abasteciam o comércio na região da 25 de Março.
No retorno ao Rio Grande do Sul, o grupo aproveitava a mesma logística para transportar cargas de cigarro de origem paraguaia para distribuição no Estado. Ao longo da investigação, também foram realizadas 26 abordagens e prisões em flagrante, que resultaram na apreensão de aproximadamente R$ 180 milhões em mercadorias como cigarros, bebidas, vestuário, óculos, calçados, cosméticos, equipamentos eletrônicos, entre outros itens diversos, além de 18 caminhões, 4 ônibus, 3 vans e 6 veículos de passeio.
Em uma das abordagens, ainda foram apreendidas 320 toneladas de mercadorias com valor estimado de R$ 150 milhões, em uma transportadora que operava como depósito dos produtos ilícitos na cidade de São Paulo.
O nome da operação faz alusão a uma das primeiras apreensões de mercadorias realizada no âmbito da Operação Hangover (ressaca, em inglês), que se tratava de carga de bebida alcoólica. (Da Redação)