Júri de advogado acusado de espancar rapaz fica para 2024

Justiça adiou a sessão que estava marcada para ontem porque uma testemunha faltou

Por Wilma Antunes

Diagnosticado inicialmente com tetraplegia, André Machado voltou a se movimentar com dificuldade

*Atualizado às 18h06 de 1º de setembro

O julgamento do advogado Diego Pietro Gonçalves, acusado de espancar o ex-jogador de futsal André Machado, em 2014, foi adiado pela Justiça. O júri popular estava marcado para ontem (31), mas uma das cinco testemunhas não compareceu por problemas de saúde. Assim, a sessão foi suspensa e uma nova data foi definida: 1º de fevereiro de 2024.

Em frente ao Fórum Cível e Criminal de Sorocaba, familiares e amigos de André protestaram, pedindo justiça. O escritório de advocacia criminal Del Cistia tem como objetivo reclassificar o crime pelo qual Diego é acusado. Em vez de tentativa de homicídio, a equipe busca a absolvição. Para isso, ele mesmo fará sua autodefesa no tribunal, contando com o apoio das advogadas que o representam.

O caso

Na madrugada do dia 7 de abril de 2014, uma briga em uma lanchonete gerou uma confusão generalizada. André, que na época era jogador de futsal e vendia lanches para arrecadar recursos para a sua carreira esportiva, teria sido agredido por Diego. Ele ficou temporariamente sem movimentos, com diagnóstico inicial de tetraplegia.

Atualmente, ele consegue mover pernas e braços, mas alega ainda ter dificuldades para andar. Ele afirma que só não morreu porque as pessoas que estavam no local impediram o agressor. André também afirma que sofre as consequências da violência até hoje.

Diego, por outro lado, alega que André foi vítima de um atropelamento e que ocultou essa informação “maliciosamente”, criando uma narrativa que o incrimina. (Wilma Antunes)