Falsos agentes do Voa Brasil aplicam golpes em idosos

Programa de passagens aéreas por R$ 200 ainda não foi lançado

Por Thaís Marcolino

Sorocabana de 73 anos escapou por pouco

 

O programa Voa Brasil ainda não foi lançado pelo governo federal, mas já está sendo alvo de golpistas em todo País. Uma das propostas do projeto é oferecer passagens de avião com custo médio estimado em R$ 200 a aposentados e pensionistas. Por conta disso, os idosos têm sido os principais alvos dos criminosos.

Um leitor do Cruzeiro do Sul, que preferiu não se identificar, contou que sua esposa, de 73 anos, quase caiu no golpe recentemente. Em uma rede social, viu o anúncio que a direcionou para um atendimento automático. “Uma pessoa, supostamente chamada Jéssica, conduziu o processo. Primeiro pediu o CPF. Quase instantaneamente, assegurou que, por esse dado, ela já estava em condições de ser incluída no programa. Em seguida, apresentou campos para informações complementares, como e-mail e telefone. Numa fase seguinte já apresentou um número de Pix para envio de uma taxa de R$ 101,00 para assegurar a inscrição”, explicou o morador de Sorocaba.

A idosa só não caiu no golpe porque o homem solicitou que parasse o processo e, ao conferir via internet se tinha alguma noticia oficial sobre o assunto, percebeu que o anúncio era “furada”.

Em nota divulgada pelo site oficial, o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) esclareceu que o programa está em ajuste final, motivo pelo qual ainda não existem regras definidas para a participação. Deste modo, não está sendo realizado cadastro, tampouco solicitando valores para inclusão no Voa Brasil. “Caso o cidadão receba ligação, correspondência, mensagem de texto no celular ou via redes sociais solicitando depósito em dinheiro para ser incluído no Voa Brasil, sugerimos que denuncie essa prática por meio do telefone (61) 2029-8090.”

Desconfie sempre

Para não cair no golpe, o aposentado segue regras importantes. “Costumo desconfiar, jogo o nome da empresa no Google para saber se tem algo. Também sei que os sites confiáveis tem que ter o cadeadinho”, comentou. Fornecer dados pessoais, como CPF, nome, data de nascimento, entre outras, para pessoas desconhecidas ou inseridas em sites de origem desconhecida também é uma prática incorreta. (Thaís Marcolino)