Coveiros do Cemitério Santo Antônio continuam sem pagamento
Prefeitura de Sorocaba rompeu o contrato com a empresa terceirizada e, emergencialmente, recorre à Coopereso
Os coveiros do cemitério Santo Antônio ainda não receberam o salário referente ao mês de dezembro e não devem voltar ao trabalho. Na quinta-feira (14), a Prefeitura de Sorocaba rompeu o contrato com a Absoluta -- empresa terceirizada que empregou os homens para prestar serviço de sepultamento no local. Até o momento, apenas um funcionário teria recebido o salário. Atualmente, seis trabalhadores da Cooperativa de Trabalho Social de Egressos e Familiares de Egressos de Sorocaba e Região (Coopereso) seguem suprindo a demanda de sepultamentos no cemitério Santo Antônio.
Em função da greve dos coveiros, a equipe da Cooperativa foi mobilizada pela Prefeitura na quarta-feira (13) e deve permanecer no Santo Antônio por 10 dias. Mais 15 trabalhadores devem se integrar, provisoriamente, à equipe que faz os sepultamentos nos próximos dias, disse um dos trabalhadores. Eles relataram que são realizados cerca de 10 sepultamentos por dia e a equipe de seis membros não está dando conta.
Antes da greve, o cemitério Santo Antônio operava com sete coveiros. Em nota, a Prefeitura informou que segue em tramitação uma nova licitação para contratar outra empresa para prestar serviços no local. O processo, no entanto, ainda não consta no Portal da Transparência do Município.
Foi notificada
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de Sorocaba foi até o cemitério Santo Antônio, na quinta-feira, e constatou as irregularidades. Os coveiros entraram em greve no dia anterior por não ter recebido os salários e, como consequência, estar com dificuldades em suas casas, sem dinheiro para comprar comida, informou o chefe regional da fiscalização do trabalho do MTE, Ubiratan Vieira -- que notificou o Grupo Suporte, responsável por gerir a Absoluta.
O Grupo Suporte será autuado por atraso de pagamento de salário e deve apresentar as documentações exigidas, no dia 19, na Gerência Regional do Trabalho, em Sorocaba. A empresa justifica que não efetuou o pagamento dos funcionários porque não teria recebido a verba do Município.
A Prefeitura nega. Disse que está com os pagamento em dia e que houve descumprimento do contrato por parte da empresa com a interrupção do serviço de sepultamento, que é essencial. (Luís Felipe Pio - programa de estágio)