Perto do Natal, Mercado Municipal registra alta no movimento
A duas semanas do Natal, comerciantes do Mercado Municipal de Sorocaba Alcino de Oliveira Rosa, o Mercadão Municipal, registram crescimento de 5% a 20% na procura por produtos para a ceia. Lojistas recomendam que as pessoas façam suas compras com antecedência, para poder escolher os itens com calma e encontrar mais opções disponíveis.
Proprietária de uma mereceria no local, Tereza Henna, de 80 anos, conta que, desde a semana passada, o movimento na sua barraca cresceu entre 20% e 30%. Segundo a empresária, na próxima semana, deve haver alta de, no mínimo, mais 20%. Em relação ao ano passado, ela também projeta crescimento de 20% nas vendas em geral.
De acordo com Tereza, os produtos mais procurados são nozes e uvas passas, devido à versatilidade para uso em diversas receitas. É comum utilizá-las no arroz, maionese, salpicão, farofas, panetone, bolos e doces, como bombons, dentre outras receitas, conforme ela. “Tudo depende da criatividade”, falou.
Tereza diz a oleaginosa e as frutas cristalizadas possibilitam a elaboração de pratos econômicos, pois ambas são baratas. A noz custa R$ 12 a cada 100 gramas, enquanto a uva-passa sai a R$ 3,50 (mesmo peso). Segundo a comerciante, o estoque da sua banca está reforçado. Por isso, mesmo quem deixar as compras para última hora vai encontrar todas as mercadorias.
No açougue gerenciado por Elder Reis, de 36 anos, a movimentação já aumentou de 5% a 10%. Nos próximos dias, esse porcentual deve chegar a 50%, enquanto, no comparativo com 2022, espera-se resultado semelhante. Conforme Reis, por enquanto, a maioria dos clientes tem apenas pesquisado preços e vai efetuar as compras mais perto da data, pela questão do armazenamento das carnes. Mas, ele diz que se antecipar é melhor, pois, no momento, o mercado ainda não está tão cheio e é possível encontrar todos os cortes à disposição. “Quem se antecipar, vai comprar melhor; quem deixar para a última hora, vai comprar o que tiver”, frisou.
O lombo suíno e a leitoa inteira lideram a preferência dos consumidores. O quilo da primeiro opção custa R$ 29,90 e o da segunda, a partir de R$ 50. Antes comum, o pernil de porco teve redução na procura, por conta de mudanças sociais, segundo o gerente. “Hoje em dia, o pessoal está migrando para cortes menores, porque as famílias diminuíram”, apontou. Por outro lado, as vendas de carnes já temperadas ou recheadas aumentam cada vez mais, por conta da praticidade. “É um produto que o (consumidor) paga um pouquinho mais caro, mas acaba ganhando tempo, porque o único trabalho que vai ter é colocar no forno e esperar o tempo de preparo”, avaliou Reis. (Vinicius Camargo)