Polícia Civil prende três suspeitos de roubo a casal no Jardim Gutierres

Segundo a polícia, os criminosos se passaram por policiais e levaram dois carros de luxo das vítimas, que foram amarradas e torturadas

Por Cruzeiro do Sul

Polícia prende três suspeitos de roubo a casal em Sorocaba

A Polícia Civil de Sorocaba prendeu três suspeitos de roubar um casal e mantê-los amarrados e em cárcere privado, na própria casa das vítimas, no Jardim Gutierres. O crime ocorreu no dia 4 de agosto do ano passado quando as vítimas foram abordadas após saírem de uma lanchonete por três homens, que se passaram por policiais civis.

Na casa do casal, as vítimas foram torturadas, pois os bandidos queriam dinheiro e perguntavam sobre a existência de um cofre. Os criminosos levaram dois carros de luxo e diversos objetos do casal, como celulares e outros objetos de valor. Além disso, eles também fizeram transações bancárias das contas das vítimas. O prejuízo foi de mais de R$ 500 mil.

As informações sobre o caso foram apresentadas pela Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (1), em entrevista coletiva para a imprensa, na sede da Delegacia Seccional de Polícia de Sorocaba. Segundo o delegado de polícia do 2º Distrito Policial, as investigações sobre o caso, que duraram cerca de oito meses, foram realizadas por meio da “Operação Heliópolis”, visto que os criminosos suspeitos do roubo são da capital paulista e moradores da maior favela de São Paulo, Heliópolis.

Dois suspeitos do crime foram presos na favela no último dia 25 de janeiro por meio da operação da Polícia Civil de Sorocaba. “Durante as investigações, em ação conjunta com a Polícia Científica, por meio da análise de dados e trabalho de inteligência policial, foram identificados três suspeitos, todos residentes em São Paulo, na região de Heliópolis.

A ação, coordenada pelo 2º DP de Sorocaba, envolveu cerca de 30 policiais e 20 viaturas, resultando na prisão de duas pessoas e cumprimento de oito mandados de busca e apreensão”, destaca o delegado Lara Júnior.

Já o terceiro suspeito de participação no roubo foi preso no dia seguinte, 26 de janeiro, em Santos, quando desembarcou de um cruzeiro, do qual ele estava participando. “Um terceiro investigado, que participava de um cruzeiro marítimo, foi preso ao desembarcar no Porto de Santos no último final de semana”, afirma o delegado.

De acordo com a Polícia Civil de Sorocaba, as investigações continuam e mais pessoas podem estar envolvidas no roubo. Conforme o delegado, os três presos, durante o tempo que ficaram na casa do casal, falavam pelo celular com uma quarta pessoa. “Eles falavam o tempo todo pelo celular com um quarto indivíduo, que ainda não foi identificado. Por isso, as investigações continuam, pois outras pessoas podem estar envolvidas no crime. E os criminosos podem ter feito outras vítimas não só em Sorocaba, mas em outras cidades paulistas”, diz Lara Júnior.

Ainda de acordo com o delegado, as investigação apontam que os bandidos já estavam na cidade dias antes do crime para observar a rotina do casal e o momento certo de abordá-los.

“Os três suspeitos, que estavam armados, passaram a noite na cada das vítimas, tomaram banho, se alimentaram e bateram no casal em busca de dinheiro. Eles levaram os dois carros de luxo que estavam na casa, sendo uma BMW e um Land Rover. Somente a BMW foi recuperada na capital paulista. Com os bandidos foram apreendidos diversos celulares, que foram encaminhados para a perícia técnica. Assim que tivermos o resultado da análise dos celulares, a polícia poderá identificar mais suspeitos de participação no roubo”, afirma Lara Júnior.

O delegado da Seccional de Polícia de Sorocaba, José Humberto Urban Filho, afirma que todos os meios possíveis de inteligência e de investigação foram aplicados neste caso, e que o trabalho investigativo demora por conta de uma série de pedidos judiciais, e uma série de relatórios para serem analisados pela Polícia Civil. “Além da operação ter sido realizada em um local de difícil acesso que é Heliópolis, a maior favela de São Paulo, e aí a gente vê a periculosidade dos bandidos que agiram em Sorocaba mas, a operação contou com um aporte policial muito grande e mostra o trabalho de excelência da Polícia Civil nas investigações deste caso”, destaca.

Os três suspeitos, sendo que dois deles foram identificados por meio de impressões digitais, tiveram prisão temporária de 30 dias decretada, e estão presos em Capão Bonito.