No Poli, a música é um instrumento para ensinar
Turmas da educação infantil e dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental I vivenciam os benefícios cognitivos, sociais, emocionais e físicos
Mais do que gerar alegria e emoção, por meio das melodias e letras, a música proporciona uma variedade de benefícios cognitivos, sociais, emocionais e físicos. Essas contribuições auxiliam no desenvolvimento holístico (enquanto ser humano) das crianças desde os primeiros anos de vida. No Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), os alunos vivenciam tudo isso nas aulas de musicalização infantil. A disciplina é oferecida para todas as turmas da educação infantil, bem como para o 1º e 2º anos do Ensino Fundamental I.
Mari Cordélia Dorta Leister Camelim, professora do 1º e 2º anos, explica que, semanalmente, trabalha com os estudantes temáticas como andamento da música, intensidade, propriedades do som, ritmo, timbre, dentre outras. Em atividades e brincadeiras lúdicas, os alunos têm contato com diferentes instrumentos e gêneros musicais. Algumas vezes, se surpreendem ao conhecer os sons de instrumentos não convencionais, como colheres, copos, pratos, tampas e baquetas.
Segundo Mari, nas aulas, ao contrário do que se possa pensar, as crianças não estão apenas se divertindo, mas, também, aprendendo e se desenvolvendo. Ela elenca que a musicalização infantil proporciona estímulo sensorial, perceptivo, à criatividade e imaginação; desenvolvimento da linguagem, comunicação, motor, emocional e afetivo; socialização e interação, além de melhoria da concentração e memória.
Ainda de acordo com a professora, a musicalização prepara os estudantes para lidar com questões da vida. A aprendizagem sobre ritmo, por exemplo, os ensina a respeitar o tempo de cada coisa. “A nossa vida é um ritmo, se formos analisar. Podemos pensar no trânsito. Se estamos no trânsito com nosso carro, temos que andar no ritmo em que o trânsito está, não podemos andar nem mais rápido, nem muito devagar”.
Já o aprimoramento da expressão corporal vai auxiliá-los, no futuro, a se portar adequadamente em entrevistas de emprego e, com isso, conquistar vagas de trabalho, informa Mari. “Como eles precisam desenvolver a parte teatral, quando crescem, vão perder a vergonha de falar, de se locomover, de se expressar fisicamente”, comentou.