Operação contra crime organizado ligado a empresas de ônibus cumpre mandado
Uma pessoa foi presa ontem (9), em Itu, suspeita de envolvimento em organização criminosa que lavava recursos ilícitos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Outros detalhes acerca da ligação do ituano com o caso não foram esclarecidos. Além do interior paulista, a operação Fim da Linha foi deflagrada em outros endereços da capital paulista. A ação, realizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contou com apoio do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Receita Federal.
De acordo com o MPSP, a “Fim da Linha”, ligada à Operação Sharks, teve como objetivo desbaratar duas organizações criminosas que lavam recursos ilícitos do PCC provenientes de tráfico de drogas, roubos e outros delitos por intermédio da Upbus e da TW, duas empresas de ônibus responsáveis pelo transporte de cerca de quase 700 mil passageiros diariamente na maior cidade do País. As duas empresas receberam mais de R$ 800 milhões a título de remuneração da Prefeitura de São Paulo no ano passado.
Ao todo, a Justiça deferiu 52 mandados de busca domiciliar, quatro de prisão e cinco medidas cautelares.
Os trabalhos resultaram na prisão de quatro pessoas, sendo uma em flagrante, e na apreensão de 11 armas, 813 munições diversas,
R$ 161 mil, computadores, HDs e pendrives, assim como dólares e barras de ouro. Um dos alvos que teve prisão decretada está foragido. Além disso, as investigações levaram ao bloqueio de R$ 596 milhões. Veículos, lanchas e motos aquáticas também estão entre os itens retidos.
De acordo com o Ministério Público, a operação mobilizou 64 membros do MPSP, 43 integrantes da Receita Federal, empregando 20 viaturas, dois agentes do Cade e um efetivo de 340 policiais militares do Comando de Policiamento de Choque.
Em coletiva de imprensa na Capital, o comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas, ressaltou que a operação de ontem (9) tem especial importância porque o ataque ao crime organizado afeta também os crimes de rua. “Estamos em busca constante pelos líderes das facções para combater a linha logística desses grupos”, revelou.
(Da Redação)