Alunos do Poli conhecem a diversidade de ONGs de Sorocaba

Projeto, elaborado por professor de geografia, incentiva o altruísmo na comunidade escolar

Por Vanessa Ferranti

Conhecimento e altruísmo se tornam ferramentas importantes para conhecer a própria cidade

Sorocaba conta com várias Organizações Não Governamentais (ONGs). Cerca de 30 delas possuem parcerias com a Prefeitura, mas a lista de instituições sociais que operam no município ultrapassa esse número. Cada uma dessas associações possui suas próprias características e missões, todas voltadas para auxiliar aqueles que, por diversas razões, necessitam de apoio. No entanto, muitos moradores desconhecem as diferentes formas de contribuir para essas organizações. Seja por meio de doações de alimentos, materiais, dedicando seu tempo ou mesmo oferecendo carinho e apoio emocional.

Pensando nisso, o professor de geografia, Victor Pinheiro, do Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), resolveu falar do assunto em sala de aula, para ensinar sobre a importância do terceiro setor na sociedade. Ele elaborou um projeto para apresentar aos alunos as instituições sociais de Sorocaba. Participam da iniciativa os estudantes de três turmas do 9º ano, do Ensino Fundamental II, da Unidade Centro.

Tudo começa em sala de aula, com pesquisas sobre as ONGs. Em seguida, ocorre um debate entre os alunos. Os estudantes são divididos e cada grupo produz um cartaz sobre uma associação. Ao todo, são trabalhadas 21 instituições, que atuam em diversas áreas, como causa animal, combate ao câncer, doação de alimentos, instituições voltadas para o atendimento de pessoas em situação de rua, fortalecimento da mulher negra, inclusão social, entre outras.

“A discussão que começa em sala de aula vai para a casa. Muitos alunos, logo depois da primeira aula sobre o terceiro setor, já vieram para cá falando ‘minha mãe participa de uma ONG, na igreja que eu frequento ou no centro religioso que eu frequento a gente arrecada alimento para uma determinada ONG, eu vi no shopping uma ONG que está doando animal de rua’, então, eles conseguem visualizar o que eles estão vendo no ambiente escolar, de uma maneira que eles conseguem passar para os outros”, explicou o professor.

Após a elaboração e apresentação dos cartazes em sala de aula, um mural é montado em uma área do colégio. Assim, outros estudantes, professores e funcionários terão acesso à diversidade de instituições sociais instaladas no município. “Muitas pessoas têm vontade de participar, mas não sabem como. Com isso, eles (alunos) levam para a casa, aprendem um pouco sobre, então, foi bem interessante para os alunos e até para mim. Eu descobri ONGs que eu não conhecia por meio dos próprios alunos”, comentou o docente.

Para Pinheiro, discutir o terceiro setor é importante, mas mais válido ainda é dar exemplos concretos, incorporando a cidade nas aulas. “Está no DNA do nosso colégio esse trabalho com o terceiro setor. Durante o ano, temos várias ações, de doação de alimento, agasalho, arrecadação de chocolate na Páscoa, arrecadação de brinquedos, entre outras coisas. Isso para mostrar que o conteúdo que aprendemos passa do ambiente escolar, ele é para a sociedade”, finalizou.