Força-tarefa encontra falhas em 32 empresas

Equipes do Crea e da Associação de Engenheiros fiscalizaram 253 construções e indústrias na região de Sorocaba

Por Vinicius Camargo

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (Aeas) encontraram irregularidades em 32 empresas e empreendimentos de construção civil, assim como em empresas de segurança do trabalho. Os problemas foram levantados durante uma fiscalização realizada por uma força-tarefa montada pelas entidades na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), com 253 diligências. Os trabalhos terminaram na sexta-feira (12). Foi a 52ª ação no Estado de São Paulo neste ano.

As diligências contaram com 18 fiscais nas ruas para verificar construções e orientar os responsáveis pelos empreendimentos sobre a importância de garantir a segurança dos trabalhadores e da população.

Segundo André Martinelli Anguzi, chefe da equipe de fiscalização do Crea, as forças-tarefas têm como objetivo zerar ou, pelo menos, diminuir o número de acidentes do trabalho em canteiros de obras e indústrias. Em 2023, o número de casos passou de 20 mil nas mais de 80 cidades da área de abrangência da Regional de Sorocaba do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). As ocorrências causaram 55 mortes.

Diante desses dados, o Crea e a Aeas averiguaram, de forma detalhada, se os engenheiros de segurança do trabalho estão aplicando todas as normas de segurança próprias dos segmentos da construção civil e da indústria. Verificaram, também, se funcionários estariam desenvolvendo atividades para as quais não são habilitados e profissionais com desvio de função. “Nós fizemos uma fiscalização mais concentrada nesse segmento, para ver o que está acontecendo, se é uma questão dos profissionais de segurança do trabalho, que, de alguma forma, não estão sendo eficientes, ou se é alguma questão não ligada à área da engenharia da segurança”, informou Anguzi.

Irregularidades

Das 253 diligências, 146 fiscalizações foram no segmento da construção civil, além de 107 em empresas e indústrias com foco principal na área de segurança do trabalho. Do total, 32 estavam com irregularidades perante o Crea, por não possuírem registro no conselho. Destas, conforme Agunzi, 16 receberam multas. Outras 16 foram notificadas e orientadas a regularizar a situação em até dez dias. “Não quer dizer que esse número não possa aumentar, porque, agora, precisamos ver se vão apresentar a documentação”, disse o chefe da equipe de fiscalização.