À medida que o número de casos aumenta, internações por dengue são esperadas
Sorocaba acumula 8.394 casos confirmados de dengue. Em um dia, foram 188 novos positivados na cidade. O aumento também é registrado nas internações pela doença transmitida pelo Aedes aegypti. Para a equipe médica optar pelo acompanhamento hospitalar do paciente, alguns sinais de alarme no quadro clínico são relevantes, como dor abdominal intensa, plaquetas menores que 50 mil, acúmulo de líquidos, entre outros. É o que explica a infectologista Marina Jabur.
“Além dos sinais de alarme, há também aqueles pacientes que não tem condições de autocuidado e se ele for de alto risco, vale a pena a gente considerar a internação, porque, muitas vezes ele precisa ser avaliado diariamente”, comentou a médica. Em relação ao tempo de internação, Marina explica que, geralmente, pode variar de dois dias a um período longo. “Ele (paciente) pode precisar de uma UTI, intubação, uma cirgurgia caso haja sangramento, por exemplo, então são diversos aspectos que influenciam”, explica.
Atualmente são, ao menos, 30 internados nos leitos públicos e privados. A situação já era esperada, conforme progressão dos casos. “Estamos ainda em uma curva de ascensão, mostrando uma alta demanda nas emergências e, consequentemente nos hospitais”, analisou a infectologista. Em relação ao perfil, os adultos e idosos têm evoluído nos casos de maior gravidade, sobretudo internações, explicou a médica. “Mas a gente não tem um perfil de maior incidência até porque não existe uma predileção de transmissão pelo vetor”, comenta.
Ao sentir os primeiros sintomas e até quando confirmada a enfermidade, uma das primeiras orientações é se hidratar. “A partir do momento que aparece a febre associada a um ou dois sinais (dor no corpo, cabeça, vômito, diarréia, manchas pelo corpo, etc) deve se cogitar a dengue. Com isso, após atendimento médico, existe a orientação de quanto se hidratar e manter repouso”, orientou Marina. Entrentanto, “ao observar que qualquer novo sintoma, principalmente os de alarme, o retorno ao médico deve ser feito imediatamente”, salientou a médica.
(Thais Marcolino)