Sorocaba ultrapassa 10 mortes por dengue neste ano; são 11 no total

Outros sete óbitos seguem em investigação; a cidade totaliza mais de 14 mil casos no primeiro quadrimestre

Por Thaís Marcolino

Aedes aegypti é a identificação científica para o mosquito que transmite várias doenças, entre elas: dengue, chikungunya, Zika e a febre amarela urbana

Sorocaba ultrapassou o número de 10 mortes por dengue em 2024. Nesta segunda-feira (2), mais dois óbitos foram registrados pela Secretaria Municipal de Saúde, totalizando 11 neste quadrimestre. Outros sete óbitos estão em investigação.

Segundo a pasta, as mortes ocorreram nos dias 4 e 13 de abril, mas só foram confirmadas agora, após análise do Instituto Adolfo Lutz. Os óbitos referem-se a um homem, de 59 anos, com comorbidades e uma mulher, sem doenças pré-existentes, com 36 anos.

Em relação aos casos, Sorocaba tem 14.140 confirmados, sendo 13.966 autóctones -- quando a doença é adquirida no município, 164 importados e 10 indeterminados.

Conforme dados da SES, o aumento nos primeiros quatro meses de 2024 é exponencial. No ano passado, de janeiro a 4 de abril, a pasta confirmou 6.225 casos e duas mortes. Relacionando com os números atuais, a cidade teve um aumento de 127% nos casos e de 550% nos óbitos.

Onde procurar atendimento

Como uma alternativa para a população, desde o início de abril, a Prefeitura de Sorocaba tem à disposição das pessoas as unidades sentinelas, que oferecem, das 8h às 18h, atendimento exclusivo para pacientes com sintomas de dengue. As três Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são: Fiori, Hortência e Simus. As demais 30 UBSs e as UPHs e UPAs também atendem os casos de dengue, se necessário.

Ainda, de acordo com a SES, os locais exclusivos têm espaço para hidratação e coleta de exame (hemograma) até às 14h. Antes, só era possível fazer o exame em unidades de urgência e emergência (UPH, UPA e PA).

O atendimento dos pacientes do grupo A (com sintomas de dengue, sem sinais de alarme e comorbidades) permanece nas 30 UBSs da cidade, das 8h às 16h. Já as três unidades sentinelas têm como atendimento, preferencialmente, os pacientes classificados como grupo B (com comorbidades e manchas vermelhas/prova do laço positiva).

Sintomas e como evitar

Febre alta (acima de 38ºC), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo são os sintomas mais comuns da dengue. No entanto, a infecção por dengue também pode ser assintomática ou apresentar quadros leves, segundo publicação do Ministério da Saúde. Nesses casos, é indicado buscar a unidade de saúde mais próxima para garantir uma avaliação do quadro e orientação para tratamento adequado dos sinais e sintomas apresentados.

A melhor forma de prevenção da doença ainda é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. É preciso eliminar água armazenada que pode tornar o local propício para possíveis criadouros, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Outras medidas, como o uso de repelentes e inseticidas, também são indicadas para auxiliar no combate à dengue. (Thaís Marcolino)