Com argila, alunos do Poli aprendem processo de fossilização na prática
Atividade contribuiu para o conhecimento sobre o tema e interação entre os estudantes
Os habitantes do passado viraram tema da aula de ciências do Colégio Politécnico de Sorocaba. Os alunos dos 6º anos D, E e F, do Ensino Fundamental II, exploraram a fossilização. Para aprofundar a compreensão sobre o assunto, eles colocaram as mãos na massa utilizando argila. Embora o processo original leve milhões de anos, em apenas três dias eles puderam entender os princípios por trás desse fenômeno.
A ideia de estudar o tema de forma prática partiu da professora Camila Aparecida Oliveira Maiello Falla, da Unidade Alto da Boa Vista. “O assunto principal era sobre as rochas e em um dos momentos abordava o tema fossilização. Como é um processo muito lento, que acontece só em rocha sedimentar, fica difícil de os alunos imaginarem como ocorre esse processo. Então, trabalhamos a teoria com eles e depois a prática”, declarou.
A fossilização é um processo no qual um organismo morre e é gradualmente coberto por camadas de sedimentos. Esses sedimentos, como areia e outros materiais naturais, compactam o organismo, formando um molde. Com o passar do tempo, esse ser pode ser preservado de diversas maneiras: desde sua estrutura completa até apenas uma marca, como uma pegada, que evidencia sua existência passada. Esse processo lento e natural de fossilização permite que os restos de seres vivos, como animais e plantas, sejam conservados ao longo do tempo, fornecendo informações sobre a história da vida na Terra.
Para reproduzir esse processo, os alunos trouxeram de casa argila e outros materiais, recicláveis ou naturais, como folhas, palitos e insetos já mortos. Depois de criar o molde, as argilas foram levadas para as casas dos estudantes, onde permaneceram por três dias. A atividade alegrou os alunos que logo se interessaram pelo tema. “Na aula de ciências eles sempre comentam sobre os dinossauros. Abordamos que foi através de um processo como esse que sabemos que eles existiram e é graças a isso que temos a prova que, de fato, existiu. Então, é importante unir essa parte da teoria e da prática justamente por isso, para eles conseguirem ter essa vivência e reconhecer que isso de fato acontece na natureza”, explicou a professora.
Para a docente, o resultado do trabalho foi positivo em diferentes aspectos, pois os alunos puderam trabalhar em grupo e, ainda, conhecer os eventos da natureza. “Alguns alunos estavam com a argila um pouco mais dura e não tinham facilidade para manusear, aí vinha o colega e falava assim: ‘eu te ajudo’. Então eu consegui ver o trabalho em grupo deles, um colaborando com o outro”, ressaltou. “Também tivemos a prova e eu tive praticamente 100% de acertos nas questões que estavam trabalhando o tema. Então, essa interação, trabalhar teoria e prática quando possível, é muito importante”, finalizou Camila.