Mais de 23 milhões de paulistas estão inadimplentes

Por Cruzeiro do Sul

Em abril de 2024, os consumidores negativados de São Paulo tinham, em média, uma dívida total de R$ 5.345,22

Um levantamento feito pelo SPC Brasil em parceria com a FCDL-SP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo) mostrou que a inadimplência no mês de abril para o Estado de São Paulo caiu 1,46% em comparação com o mês de março, mas indicando que pouco mais de 23 milhões de paulistas ainda estão com o nome sujo.

No mês de abril, a faixa etária mais representativa entre os devedores foi de 30 a 39 anos, com uma proporção de 25,71%. Quanto ao gênero, a distribuição entre devedores foi equilibrada, com 50,30% mulheres e 49,70% homens.

Em abril de 2024, os consumidores negativados de São Paulo tinham, em média, uma dívida total de R$ 5.345,22. Dos consumidores endividados, cerca de 25,23% deviam até R$ 500, enquanto 38,11% tinham dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso de dívidas é de 6 até 26 meses, com isso, cerca de 40,52% dos devedores estavam inadimplentes entre 1 a 3 anos.

O levantamento mostrou também que, no mesmo período, o número de dívidas em atraso dos paulistas aumentou 4,27% em comparação a abril de 2023. Esse crescimento foi menor que a média da região sudeste (5,59%) e a média nacional (5,24%). No entanto, de março para abril, o número de dívidas em São Paulo caiu 1,41% , enquanto na região sudeste houve uma variação de 0,13%.

Número de reincidentes em abril de 2024

Até o mês anterior, quase 90% dos devedores de São Paulo já tinham enfrentado problemas com dívidas antes, mas houve uma queda de 5,27% no número desses devedores reincidentes em relação ao ano anterior.

Cerca de 86,58% dos inadimplentes tiveram atrasos de pagamento nos últimos 12 meses. Desses, 61,58% ainda não tinham pago suas dívidas antigas, enquanto 24,99% tinham voltado a dever depois de quitar dívidas anteriores. A grande maioria dos reincidentes está na faixa etária de 30 a 39 anos (27,81%), e a divisão por gênero era quase igual, com 52,75% mulheres e 47,25% homens. Além disso, o tempo médio entre quitar uma dívida e surgir outra varia de 2 a 6 meses.

O presidente da FCDL-SP, Mauricio Stainoff, alerta para o fato de que “é fundamental que os consumidores continuem atentos aos gastos e priorizem o pagamento de contas atrasadas. Essa redução no número de inadimplentes é benéfica não apenas para pessoas e empresas, mas para a economia do estado como um todo”.

Segundo ele, “é importante saber exatamente quanto se deve, quais são os juros e o que realmente se pode pagar. Só se deve propor ou aceitar um acordo quando se tiver ampla certeza de que a condição financeira condiz com a proposta”. (Da Redação)