Policiais envolvidos em desvio de maconha apreendida vão para presídio

A Polícia Militar confirmou hoje (4) que os policiais envolvidos no desvio de parte de um carregamento de maconha apreendido na região já foram levados para o Presídio Militar Romão Gomes, na Capital. A PM informou que "não compactua com desvios de conduta e atua rigorosamente para que casos semelhantes não ocorram" e que foi instaurado um processo para a expulsão dos policiais.

A Polícia Federal informou, que continuam as investigações no caso que envolve a prisão dos policiais rodoviários ocorrida na tarde desta segunda-feira (3) acusados de crime militar por envolvimento no tráfico de drogas. Eles foram denunciados por desvio de parte da droga apreendida em uma van com adesivo dos Correios, que transportava 788 quilos de drogas.

Inicialmente, a ocorrência na rodovia Castello Branco, quilômetro 132, em Tatuí, era sobre a apreensão de uma grande quantidade de drogas, feita pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (Ficco/MG) com apoio da PF e Polícia Militar Rodoviária.

O motorista da van foi preso pela PF por tráfico internacional. Durante o depoimento, ele confessou que pegou a droga na fronteira, mas denunciou que uma parte da carga foi desviada pelos policiais rodoviários que atenderam a ocorrência e a droga foi escondida em uma área de mata.

Policiais federais foram até o local junto com outros agentes da Polícia Rodoviária, mas não encontraram a droga que teria sido desviada. Em seguida, o próprio motorista da van, já escoltado, auxiliou na busca e  foi encontrado um fardo azul, com a maconha.

Por se tratar de um possível crime militar, o 5° Batalhão de Polícia Rodoviária (5BPRV) foi acionado, assim como a Corregedoria, para as medidas cabíveis. Os dois policiais rodoviários foram autuados em flagrante e presos.

No final da tarde de hoje (4), a Justiça Federal liberou o motorista da van que transportava a droga apreendida. Ele vai responder pelo crime de tráfico.

Os Correios, por sua vez, informaram que o veículo e o condutor prestam serviços à empresa pública, mas estão vinculados a uma terceirizada. Ainda de acordo com a instituição, no momento do flagrante, a van
não transportava carga postal.