Acusado de matar Aline, preso em SP, já tinha duas condenações

Ele foi encontrado enquanto aguardava outra pessoa com o dinheiro para comprar uma passagem de ônibus e estava com o rosto encoberto

Por Da Redação

Paulo Juvêncio foi encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista

Paulo Rodrigo Juvêncio, acusado de matar Aline Moura Queiroga, preso ontem (21) na rodoviária da Barra Funda, em São Paulo, estava em liberdade condicional. A informação foi confirmada pelas forças de segurança do Estado em coletiva de imprensa. Ele já tinha duas condenações – uma de cinco anos e outra de quatro anos e oito meses - por roubo.

Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os policiais receberam a informação de que o suspeito estaria na estação na capital e uma equipe do Comando e Operações Especiais (COE) se dirigiu até o terminal rodoviário.

Com o auxílio do georeferenciamento e de drones, Paulo foi encontrado pelos agentes enquanto aguardava outra pessoa com o dinheiro para comprar uma passagem de ônibus. Ele estava com o rosto encoberto para tentar enganar os policiais. Na tentativa de escapar sem ser reconhecido, o ele raspou o cabelo e a barba.

O suspeito do feminicídio foi encaminhado à sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi realizada a coletiva de imprensa, e aguarda audiência de custódia. Ainda segundo a Polícia, o suspeito já tinha duas condenações – uma de cinco anos e outra de quatro anos e oito meses - por roubo e estava em liberdade condicional.

Ao chegar ao local, Paulo respondeu algumas perguntas da imprensa. Ele afirmou ter recebido algumas facadas de Aline. Não há nenhuma informação oficial sobre isso. Durante a coletiva de imprensa, representantes dos departamentos de Polícia Civil do Estado informaram, ainda, que a morte foi premeditada e que o acusado obtinha obsessão pela ex-companheira.

Ainda segundo a Polícia Civil, Aline Queiroga fez três registros contra o ex-companheiro -- dias 26 de março, 24 de maio e 5 de junho – que também descumpria as medidas protetivas com frequência.

Demais esclarecimentos devem ser tratados pela Polícia Civil de Sorocaba, que aguarda o laudo pericial do local do crime. Paulo disparou duas vezes, um dos tiros atingiu a parede e o outro o corpo da vítima. O local não foi informado.

Segundo o delegado Wilson Negrão, delegado diretor do Deinter 7 - Sorocaba, o trabalho investigativo da polícia foi essencial para obter as informações e “chegar ao paradeiro do criminoso antes que ele conseguisse fugir”.

“Essa prisão aconteceu por causa do trabalho integrado e ágil dos setores de inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar”, complementou o comandante do policiamento de Choque, coronel Valmor Racorti.
O delegado da Divisão de Homicídios, Severino Vasconcelos, assim como o delegado-geral, Artur Dian, participaram da coletiva de imprensa na capital paulista.

Entenda o caso

O acusado, de 43 anos, entrou em um estabelecimento comercial no bairro Wanel Ville, em Sorocaba, e atirou duas vezes contra a ex-companheira de 34 anos, que trabalhava no local, na terça-feira (11). A mulher não resistiu aos ferimentos e teve a morte constatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Depois do crime, o homem roubou o carro de uma cliente e fugiu. A perícia foi acionada e apreendeu o celular da vítima e dois projéteis da arma utilizada por Paulo. O caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade.