Livro ‘Cantigas de um passarinho à toa’ inspira a confecção de origami

Os alunos do 3º ano B, do Ensino Fundamental I, do Colégio Politécnico de Sorocaba, da Unidade Centro, soltaram a imaginação e criatividade durante as atividades propostas pela professora Yohanna Menassi. A iniciativa reuniu arte na produção de origami, pesquisa e leitura com o livro “Cantigas de um passarinho à toa”, obra poética de Manoel de Barros.

Para a professora Yohanna, a atividade apresentada foi um momento de desenvolver habilidades e exercitar a imaginação. “A obra com poemas encantadores, brinca com a imaginação das crianças. Fizemos atividades como pesquisa de poemas e ilustração das poesias na produção de origami, que além de desenvolver a coordenação motora conversa com os conteúdos de geometria que os alunos aprenderam durante as aulas de matemática”, explicou ao detalhar a atividade realizada em sala de aula.

Os alunos ficaram encantados com a aprendizagem e confecção dos origamis, pássaros de várias formas e cores foram apresentados pelos alunos.

“Foi legal aprender a fazer um pássaro de papel, nossa arte deixou a sala de aula mais bonita e colorida”, contou a aluna Lavínia Araujo Cardoso Murça. Outro estudante que gostou da experiência foi Raoni Camargo Rezende. “Aprendemos e nos divertimos durante a atividade. Aprendi como fazer uma dobradura de pássaro e li um livro muito legal”.

A educadora ressaltou que o envolvimento dos alunos ajudou na realização das tarefas, despertando a criatividade e a imaginação. De uma forma lúdica, foi possível unir literatura e matemática.

Arte em origami

O origami é uma arte oriental que consiste em fazer dobraduras de papel, formando assim pequenas esculturas. Etimologicamente, a origem da palavra advém das junções dos termos em japonês ori (dobrar) e kami (papel). Tradicionalmente, as figuras representadas são elementos da natureza, como animais e plantas.

Manoel de Barros, o poeta das crianças

O “poeta das crianças” lançou em 2003 a obra “Cantigas de um passarinho à toa”. O livro com poemas, representa o mundo onde tudo parece um grande faz de conta, cheio de palavras que brincam com acontecimentos típicos do imaginário das crianças. Árvores que falam, ventos que cantam, algazarras de cigarras, um menino que mora numa garça e até uma rã que sonha ser passarinho são algumas das personagens que brincam com o leitor, conduzido por este grande artista das palavras.

Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, em 19 de dezembro de 1916. Passou a infância no Pantanal mato-grossense e a adolescência em um colégio interno em Campo Grande, onde escreveu suas primeiras poesias. Anos depois de receber o prêmio Jabuti com a obra “O guardador de águas”, em 1889, o autor voltou para a fazenda da família no Pantanal, onde se dedicou à criação de gado até falecer, em 13 de novembro de 2014.