Suspeito de matar ex-companheira vai continuar na prisão

A decisão é do Tribunal de Justiça depois de audiência de custódia

Por Da Redação

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O suspeito de matar a ex-companheira Aline Moura Queiroga, em Sorocaba, vai continuar preso. A decisão foi tomada hoje (22) pelo Tribunal de Justiça do Estado. Paulo Rodrigo Juvêncio foi preso ontem (21) na capital paulista e levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Na entrevista coletiva de ontem (21), o diretor do Deinter, Wilson Negrão, disse que ele deve ser transferido para Sorocaba. 

Paulo Rodrigo Juvêncio foi preso na rodoviária da Barra Funda, em São Paulo. Ele  estava em liberdade condicional e já tinha duas condenações – uma de cinco anos e outra de quatro anos e oito meses - por roubo. 

Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os policiais receberam a informação de que o suspeito estaria na estação na capital e uma equipe do Comando e Operações Especiais (COE) se dirigiu até o terminal rodoviário.

Com o auxílio do georeferenciamento e de drones, Paulo foi encontrado pelos agentes enquanto aguardava outra pessoa com o dinheiro para comprar uma passagem de ônibus. Ele estava com o rosto encoberto para tentar enganar os policiais. Na tentativa de escapar sem ser reconhecido, o ele raspou o cabelo e a barba.

O suspeito do feminicídio foi encaminhado à sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi realizada a coletiva de imprensa, e aguarda audiência de custódia. Ainda segundo a Polícia, o suspeito já tinha duas condenações – uma de cinco anos e outra de quatro anos e oito meses - por roubo e estava em liberdade condicional.

Ao chegar ao local, Paulo respondeu algumas perguntas da imprensa. Ele afirmou ter recebido algumas facadas de Aline. Não há nenhuma informação oficial sobre isso. Durante a coletiva de imprensa, representantes dos departamentos de Polícia Civil do Estado informaram, ainda, que a morte foi premeditada e que o acusado obtinha obsessão pela ex-companheira.

Ainda segundo a Polícia Civil, Aline Queiroga fez três registros contra o ex-companheiro -- dias 26 de março, 24 de maio e 5 de junho – que também descumpria as medidas protetivas com frequência.

Demais esclarecimentos devem ser tratados pela Polícia Civil de Sorocaba, que aguarda o laudo pericial do local do crime. Paulo disparou duas vezes, um dos tiros atingiu a parede e o outro o corpo da vítima. O local não foi informado.

Segundo o delegado Wilson Negrão, delegado diretor do Deinter 7 - Sorocaba, o trabalho investigativo da polícia foi essencial para obter as informações e “chegar ao paradeiro do criminoso antes que ele conseguisse fugir”.

“Essa prisão aconteceu por causa do trabalho integrado e ágil dos setores de inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar”, complementou o comandante do policiamento de Choque, coronel Valmor Racorti.
O delegado da Divisão de Homicídios, Severino Vasconcelos, assim como o delegado-geral, Artur Dian, participaram da coletiva de imprensa na capital paulista.

O caso

O acusado, de 43 anos, entrou em um estabelecimento comercial no bairro Wanel Ville, em Sorocaba, e atirou duas vezes contra a ex-companheira de 34 anos, que trabalhava no local, na terça-feira (11). A mulher não resistiu aos ferimentos e teve a morte constatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Depois do crime, o homem roubou o carro de uma cliente e fugiu. A perícia foi acionada e apreendeu o celular da vítima e dois projéteis da arma utilizada por Paulo. O caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade.