Polícia prende quadrilha que agia em condomínios

A Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), prendeu quatros criminosos especializados em roubos a condomínios de alto padrão. A operação começou na quarta-feira (3) e conseguiu desmantelar a quadrilha que agia em várias cidades do Estado.

Desde o início de 2024, os roubos estavam ocorrendo em condomínios fechados em Sorocaba: “Eles tiveram acesso ao interior por um buraco escavado, feito por eles mesmos. Fizeram um buraco embaixo do muro e ali eles adentraram a esses condomínio. Era no período noturno”, explicou a delegada titular Luciane Bachir durante entrevista coletiva.

Os ladrões entravam na residência, rendiam e mantinham a família toda sob ameaça. Era ordenado que fossem entregues senhas bancárias para efetuar transações, como Pix. “Eles levavam consigo maquininhas terminais, transferindo quantias de alto valor. Depois disso, saíram pelo mesmo local que adentraram e fugiram do local, provavelmente num veículo que os esperava do lado externo”, disse a delegada.

Depois desses roubos, de acordo com a delegada, foi constatado nas investigações que eles fizeram diversos outros roubos em cidades do Estado: Itu, Bragança Paulista, Vargem Grande Paulista, Mairiporã, Cotia, São Miguel Arcanjo, Itupeva, Sorocaba e em Jundiaí.

A quadrilha praticava roubos principalmente em condomínios mais afastados, geralmente com divisa para matas. “Eles estudavam as vulnerabilidades desses condomínios, dos sistemas, por exemplo, de câmeras de monitoramento. Então, entravam por um local que não tinha muito a capacidade de monitoramento adequado. Eram pontos vulneráveis, pontos cegos, que permitiam que eles ali adentrassem e alcançassem as residências que eles pretendiam roubar”, explicou Luciane.

Antes do roubo, os criminosos estudavam o local. Eles escolhiam as residências com famílias mais abastadas, proprietários com maior poder aquisitivo.

Depois dos assaltos, um dos criminosos anunciava pela internet produtos roubados. Bolsas e carteiras de grifes, relógios, eletroeletrônicos, celulares, acessórios e roupas eram oferecidos para gerar novas rendas. “O crime era o meio de vida deles”, disse ainda a delegada.

As buscar para identificar o bando partiram da Divisão Especializada de Investigações Criminais e da Divisão Especializada de Araçatuba. As equipes passaram a monitorar a quadrilha e descobriram a estrutura, contando também com informações de equipes de outros estados.

Prisão dos criminosos

Os quatro homens foram presos na manhã de quarta-feira (3), em São Paulo. Um dos suspeitos já era procurado pela Justiça por outros crimes. Foram 22 mandados de buscas e 10 mandados de prisões temporárias. Segundo a delegada, todos têm passagem, principalmente por crimes de roubo, tráfico de drogas. Inclusive, alguns tinham vários mandados de prisão.

“Para nós é uma grande satisfação. Retiramos das ruas criminosos violentíssimos que subjugavam suas vítimas, ameaçavam. Eles agrediam as famílias o tempo todo, cada vez que um passava pela vítima davam tapa, davam soco, coronhadas, ameaçaram as crianças da família”, comentou a delegada.

A delegada forneceu ainda informações sobre os próximos passos das investigações e a importância da continuidade do trabalho para garantir a segurança da população. “Agora, nosso foco é dar continuidade às investigações para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelos seus atos”, disse Luciane Bachir, confirmando que a operação já resultou na apreensão de diversos bens de alto valor, que estavam em posse dos membros da organização criminosa. (Com informações da Agência Estado)