Ato cívico na praça Nove de Julho faz homenagem à 1932

Desfile no Centro de Sorocaba marcou os 92 anos da Revolução Constitucionalista

Por Beatriz Falcão

Forças de segurança da cidade estiveram presentes no ato

Um ato cívico, na praça Nove de Julho, marcou os 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 na manhã chuvosa de ontem (9). O evento realizado pelas forças de segurança de Sorocaba lembrou os soldados paulistas que lutaram no conflito armado contra o governo de Getúlio Vargas reivindicando uma nova Constituição.

“No dia 9 de julho, mais do que nunca, é fundamental lembrar e honrar o sacrifício dos que lutaram bravamente há mais de 90 anos”, destaca o tenente-coronel Sidney Roberto Vieira Gomes, comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI-7). “As suas ações não somente moldaram o curso da história de São Paulo, mas também contribuíram para o fortalecimento da democracia no Brasil. Nós devemos aprender com os exemplos de coragem e determinação, especialmente em tempos de desafios e incertezas”.

Durante o ato cívico, os soldados da Revolução Constitucionalista foram homenageados com uma coroa de flores e um poema “Os Jovens de 32” de Paulo Bonfim, recitado por Dorothea Senger Cezar. A marcha “Paris Belfort” também foi tocada na cerimônia, em memória a Mário Martins Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade quatro jovens, ainda estudantes, que perderam suas vidas durante uma manifestação no Centro de São Paulo, dois meses antes do movimento de revolta.

O desfile cívico percorreu a avenida Doutor Eugênio Salerno e, além das forças de segurança de Sorocaba, contou com a participação do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, do Jeep Clube de Sorocaba — Torque Quatro e dos Jovens Brasileiros em Ação.

Mesmo com o tempo chuvoso, famílias foram prestigiar o evento. Entre elas, estavam o casal Tatiane e Marcos Béllo com o filho Icáro Béllo, representando o Grupo Escoteiro Tobias de Aguiar. “Acredito que o ato cívico é muito bom, porque retrata aqueles jovens que lutaram por um país melhor e por uma boa Constituição”, aponta o escoteiro.

“É importante valorizarmos esse momento, porque a Revolução de 1932 trouxe mais civilidade, a noção e o espírito democrático de lutar pelo País”, acrescenta Tatiana.