Busto do jurista e escritor José Aleixo Irmão é inaugurado na Praça da Maçonaria
Aleixo foi um dos instituidores da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do jornal Cruzeiro do Sul e do Colégio Politécnico
O busto do jurista e escritor José Aleixo Irmão foi inaugurado ontem (12), na Praça da Maçonaria, no Jardim Paulistano, numa iniciativa do Instituto Cultural José Aleixo Irmão. O ato de inauguração contou com as presenças de autoridades, familiares de José Aleixo Irmão, diretores da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), integrantes da Loja Perseverança III. A Banda Regimental de Música do Comando de Policiamento do Interior (CPI-7) participou do evento.
A cerimônia foi conduzidas por Carlos Pinto Neto, neto do homenageado e presidente do Instituto Cultural “José Aleixo Irmão”. Ele relembrou a trajetória do avô bem como a importância dele para a sociedade e cultura sorocabana. “Aleixo amava a terra que o adotou, nos ensinou que o ser humano deve ter ao menos duas virtudes: gratidão e humildade, para assim ser feliz e fazer os outros felizes”.
A placa com os dizeres: “Maçom que na sua grandeza humana, na sua inteireza de caráter, na sua nobreza de coração, traçou o elo comum de trabalho entre a maçonaria e a cidade de Sorocaba”, foi descerrada pela viúva, Mercedes Rossi Aleixo, em conjunto pelos representantes das potências maçônicas.
Aleixo foi um dos instituidores da FUA, em 1963, quando 21 maçons da Loja Perseverança III de Sorocaba, adquiriram as ações da Editora Cruzeiro do Sul S/A. No ano seguinte, em 31 de julho de 1964, houve a doação de todas as ações de propriedade dos 21 Maçons, criando a FUA.
Aleixo nasceu em 1912, na cidade de Nuporanga, na região de Ribeirão Preto. Em 8 de fevereiro de 1958 chegou em Sorocaba, “Terra Rasgada” de Baltazar Fernandes. Se bacharelou em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro e foi membro do Ministério Público Paulista. Contribuiu com os seus conhecimentos como professor de Economia na Faculdade de Direito, onde permaneceu como mestre por mais de 15 anos. Foi um dos fundadores da Academia Sorocabana de Letras, e ocupou a cadeira de nº 1. Começou sua vida maçônica na Loja Maçônica Perseverança III, em 1961. José Aleixo Irmão faleceu em setembro de 2003.
“Estou muito feliz por essa grande homenagem para José Aleixo Irmão. Eu fico feliz de saber que meu irmão com toda sua sabedoria foi um dos instituidores da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) e juntos fizemos o que é hoje o jornal Cruzeiro do Sul. O trabalho que ele fez gerou frutos e nós conseguimos dar bolsas de estudos e manter as entidades através da FUA”, falou Laelso Rodrigues, diretor e único instituidor vivo da FUA.
“Uma pessoa, marcada pela simplicidade, dito isso, pelos que o conheciam muito bem! É uma honra participar dessa homenagem, estando como presidente da Diretoria Executiva da FUA. Ao longo dos quase 60 anos da instituição foi possível propiciar bolsas de estudo para milhares de jovens e muitas outras ações beneméritas. Os objetivos traçados pelos 21 instituidores foram alcançados. José Aleixo Irmão está de parabéns por tudo que fez, pelos livros que escreveu, pela participação em entidades filantrópicas, pela carreira jurídica, pelo seu dinamismo e simplicidade; pelo legado que deixou. Essa homenagem é merecida e aplaudida por todos. A FUA faz parte da vida de José Aleixo irmão, ele deixou sua marca e devemos sempre reconhecer a importante contribuição que foi feita. É uma merecida homenagem!”, comentou Hélio Sola Aro, presidente da Diretoria Executiva da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA).