Depois de 38 dias, Sorocaba volta a ter nova morte suspeita por dengue
Agora são nove exames em análise no Instituto Adolfo Lutz
Depois de 38 dias, Sorocaba voltou a registrar uma morte suspeita por dengue nesta quinta-feira (25). A última vez que a Secretaria Municipal de Saúde (SES) recebeu a informação dos hospitais de possível falecimento em decorrência da doença foi em 17 de junho. Desde então, a prefeitura tem atualizado às segundas e quintas-feiras, apenas, os óbitos e casos confirmados.
Segundo levantamento da pasta, o novo óbito refere-se a uma idosa, de 92 anos, com comorbidades. A data do falecimento só é divulgada para a imprensa se confirmada a morte por dengue. A análise é feita pelo Instituto Adolfo Lutz e o prazo médio é de dois meses.
Com a nova suspeita, a SES aguarda, portanto, o resultado de nove exames. Conforme o levantamento municipal, a maioria são homens, de 33 a 94 anos. Já as mulheres têm de 67 a 92 anos.
Cuidados ainda necessários
Apesar de as notificações estarem menores a cada dia, as medidas de prevenção não podem parar, principalmente dentro de casa.
É preciso eliminar água armazenada que pode tornar o local propício para possíveis criadouros, como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas. Outras medidas, como o uso de repelentes e inseticidas, também são indicadas para auxiliar no combate à dengue.
O mosquito Aedes aegypti — que transmite a dengue, chikungunya e zika — tende a circular menos durante períodos mais gelados, porém, se os criadouros não forem eliminados, os ovos depositados podem permanecer intactos por meses e, quando os dias mais quentes voltam, eles vão eclodir, dando origem a um novo ciclo do mosquito.
Outra hipótese para que as larvas continuem a se proliferar é a mutação do transmissor. “Pode ter tido uma mutação? Pode. Mas isso está sendo investigado. Ele se acostumou com a gente, com os nossos hábitos”, observou a gestora da Vigilância em Saúde de Sorocaba, Daniela Silva, em entrevista ao Cruzeiro do Sul no dia 15 de julho.
Sintomas
Febre alta (acima de 38ºC), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo são os sintomas mais comuns da dengue. No entanto, a infecção por dengue também pode ser assintomática ou apresentar quadros leves. Nesses casos, é indicado buscar a unidade de saúde mais próxima para garantir uma avaliação do quadro e orientação para tratamento adequado dos sinais e sintomas apresentados.
Casos e mortes
O boletim epidemiológico desta quinta-feira (25) sobe o número de pessoas infectadas pela dengue para 46.329, sendo 46.068 autóctones -- quando a doença é adquirida no município --, 246 importados e 15 indeterminados. Em relação as mortes confirmadas são 41 até o momento.