Cetesb: vazamento não atinge mananciais

Por Cruzeiro do Sul

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) investiga a presença de óleo em partes do córrego dos Granitos, ribeirão do Varjão e rio Pirajibu. O derramamento do resíduo industrial adveio da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), em Alumínio, e poderia atingir o sistema de abastecimento de algumas regiões de Sorocaba e Itu, o que não ocorreu.

Em nota, a Cetesb informou que foi comunicada na quinta-feira passada (1º), por representantes da CBA, que o episódio atingiu o sistema de drenagem de águas pluviais, chegando ao córrego dos Granitos. Por isso, um técnico foi até a empresa, assim como outros pontos da região para vistorias.

Conforme a companhia estadual, próximo à ponte na rodovia Raposo Tavares, que passa por cima do córrego, era possível ver o resíduo nas águas. O técnico coletou amostras para avaliação. Os resultados, que não têm prazo para serem divulgados, servirão para embasar a tomada das ações legais caso necessário. O órgão estadual informou, também, que manterá vistorias até o completo restabelecimento no local.

A CBA, por sua vez, confirmou o vazamento, identificado no dia 29 de julho. “Foi um vazamento de óleo biodegradável na área de laminação de sua fábrica com abrangência restrita à sua propriedade. O incidente foi contido, e já foram adotadas ações para evitar recorrência”, explica a empresa em nota.

Ao percorrer outros trechos, o técnico da Cetesb não verificou óleo no ribeirão do Varjão (que recebe as águas do córrego dos Granitos e que é afluente do rio Pirajibu), mas avisou as operadoras dos sistemas de água de Sorocaba e Itu sobre o ocorrido, preventivamente.

Saae e CIS

Ao Cruzeiro do Sul, o Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba informou que assim que soube do derramamento iniciou ação de monitoramento e coleta de amostras no manancial, bem como em trecho do córrego Pirajibu-Mirim que corta o município. Porém, não foram encontradas irregularidades.

“Também não foram constatadas interferências que afetassem o funcionamento normal da Estação de Tratamento de Água (ETA) Vitória Régia, sendo que essa unidade ainda possui sistema de desinfecção da água por ozônio e faz análises constantes do tratamento de água”, explica a autarquia.

O mesmo foi praticado pela Companhia Ituana de Saneamento (CIS), em Itu, que intensificou o monitoramento da qualidade da água do rio Pirajibu em seus diferentes trechos. “As análises adicionais confirmaram que a água continua dentro dos parâmetros de potabilidade, não apresentando riscos à saúde pública”, segundo a companhia.

“A CIS assegura que o abastecimento de água para os moradores da região do Pirapitingui continua seguro e atende a todas as exigências legais. Não foram identificados problemas que comprometam o tratamento da água, garantindo que a distribuição siga sem interrupções”, informa a CIS. (Da Redação)