Pizzaiolo de Sorocaba é vice na melhor pizza napolitana do Brasil

Por Cruzeiro do Sul

Gerson Góes começou a fazer pizzas durante a pandemia...

Gerson Góes, de 55 anos, começou a fazer pizzas durante a pandemia para a família e vizinhos do condomínio onde mora e hoje possui o reconhecimento de segunda melhor pizza napolitana do Brasil. Ele irá buscar o título mundial no “Campionato Mondiale Della Pizza”, em 2025, na Itália.

O pizzaiolo que trabalhou por quase trinta anos como investigador na Polícia Civil em Sorocaba, hoje aposentado, dedica o seu tempo para uma paixão descoberta, de certa forma, por acaso, há poucos anos. Na pandemia, assistiu cursos on-line de culinária e começou a praticar fazendo pães, que levava para vizinhos e amigos. Já gostava de cozinhar e tinha afinidade. Então, juntou conteúdos de professores especializados e criou a própria massa, assim começando a fazer suas pizzas. “Fiz uma e minhas filhas ficaram encantadas, disseram que era a melhor pizza que já tinham comido. Depois decidi levar outra para minha vizinha, que também elogiou muito. Então comecei a fazer para vender no condomínio, cresceu bastante, e cheguei a vender 90 pizzas em uma noite”, conta Gerson.

A produção das pizzas eram todas feitas em sua casa, com a ajuda da esposa e filhas. Isso seguiu por um ano e meio, até que ele decidiu parar. “O ‘boom’ da pandemia estava acabando e minhas filhas já não queriam mais ficar em casa ajudando todas as noites, então resolvi parar. Pouco tempo depois surgiu a oportunidade de abrir a pizzaria”, descreve.

Em meados de 2022, Gerson inaugurou a pizzaria “Família Góes”, que hoje tem uma unidade em Votorantim e outra em Sorocaba. “Trabalhamos com 20 sabores diferentes de pizza, fazendo uma junção do estilo clássico das napolitanas com os sabores que o pessoal daqui mais gosta, como frango com catupiry e portuguesa, os clássicos brasileiros.”

Concurso

O título de segunda melhor pizza napolitana do Brasil veio da sua participação no concurso Selections São Paulo, que une pizzaiolos de todo o País em uma competição com quatro categorias diferentes. “Me apresentaram ao concurso, e decidi me inscrever. Ele acontece anualmente já há bastante tempo. Quem ganhasse representaria o Brasil no mundial, coisa que eu nem sabia na época, não tinha ideia da proporção”, explica Gerson. Ele participou em duas categorias, a napolitana, a qual levou o prêmio, e a clássica.

“No concurso você tem poucos minutos para fazer a pizza, e todo o processo conta pontos, desde a produção da massa até a forma que ela é colocada no forno para assar. A pizza precisa ser finalizada em uma média de três minutos. A votação é feita por seis jurados que analisam a palatabilidade, aparência, recheio, basicamente todos os aspectos. Tive que estudar as regras do concurso e fazer alguns testes. Como lá no início eu comecei meus estudos com a napolitana, eu conhecia bem o estilo”, conta Gerson. Ele competiu com outros 40 profissionais. (Livian Regaçoni - programa de estágio)