Seminário debate acidentes de trabalho
O uso adequado dos equipamentos de proteção, cumprimento de normas da construção civil, trabalho em altura e prevenção de acidentes com máquinas. Estes foram alguns dos temas discutidos no seminário técnico “Estratégias para a Prevenção de Acidentes Graves e Fatais”, evento promovido pelo Sindicato da Construção Civil (SindusCon-SP) que reuniu cerca de 300 pessoas no teatro do Sesi Sorocaba.
O alto número de acidentes de trabalho registrados em Sorocaba neste ano motivaram o seminário, organizado em parceria com entidades ligadas à indústria e construção civil, como Serviço Social da Construção (Seconci-SP), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), além da Superintendência Regional do Trabalho (SRTb/SP) no Estado de São Paulo.
Foram discutidos temas como as mudanças e reflexos da NR-12, com Rodrigo Vaz, auditor fiscal do Trabalho e coordenador do Projeto de Análise de Acidentes da Seção de Segurança e Saúde na SRTb/SP; prevenção de acidentes em trabalhos em altura, com Gianfranco Pampalon, consultor de Saúde e Segurança do Trabalho e consultor técnico de Saúde e Segurança do Trabalho do Seconci-SP, e a prevenção de acidentes com máquinas e equipamentos, com Antonio Pereira, auditor fiscal do Trabalho e coordenador do Projeto da Construção da Seção de Segurança e Saúde no Trabalho da SRTb/SP.
Para Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho, membro do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP e conselheiro do Seconci-SP, mais do que falar do aumento no número de acidentes na cidade, o evento teve a proposta de reforçar junto aos empresários da construção a necessidade de investimentos em segurança. “Tenho percorrido o Brasil reforçando junto aos empresários da construção a importância de que todos os envolvidos na cadeia produtiva sigam as normas reguladoras sobre saúde e segurança do trabalho. Não se trata de sugestão, mas de cumprimento da lei. Deve haver uma conscientização de que os recursos usados na segurança do trabalhador são investimentos, não despesas”, disse ele.
O diretor titular do Ciesp Sorocaba, Erly de Syllos, destacou que essa mobilização para mitigar os acidentes de trabalho deve ser permanente. “Este evento é resultado de várias reuniões que tivemos entre as entidades e as ações não vão parar por aqui, vamos continuar monitorando e sensibilizando toda sociedade a respeito deste tema que é tão importante”, enfatizou.
Mortes
Em reportagem publicada pelo Cruzeiro do Sul no dia 19 de julho, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que o número de mortes por acidentes de trabalho em Sorocaba aumentou 150% no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de 2023. Tinham sido contabilizados 20 óbitos (parte deles na construção) — 12 a mais do que o ano passado. (Da Redação)