Justiça Eleitoral se prepara para as eleições municipais

Faltam apenas alguns dias para as eleições municipais, que ocorrerão no domingo, 6 de outubro. Os eleitores que ainda não decidiram em quem votar precisam agilizar a sua escolha. Enquanto isso, a Justiça Eleitoral intensifica os preparativos para a votação e apuração dos votos. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, há planos de contingência para lidar com possíveis imprevistos do dia.

Vale lembrar que no primeiro turno das últimas eleições municipais, em 15 de novembro de 2020, a apuração dos votos levou cerca de oito horas. A demora ocorreu por conta de uma instabilidade no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, alguns candidatos a vereador, assessores e apoiadores foram até a sede dos cartórios eleitorais de Sorocaba, na Praça da Maçonaria, no bairro Mangal, e fizeram contagens por meio dos boletins de urnas fixados em frente às zonas eleitorais. O primeiro balanço da apuração saiu às 17h45, com menos de 3% dos votos apurados. A apuração foi concluída após a 1h.

Ao Cruzeiro do Sul, o TRE informou que a expectativa para este ano é de que os eleitos sejam definidos ainda no dia 6 de outubro, no entanto, não declarou o horário previsto. Já sobre possíveis imprevistos, o órgão diz ter planos de contingência. Uma das preocupações é a queda de energia elétrica. Para isso, o TRE mantém contato com a empresa fornecedora para garantir a prioridade do serviço nos locais de votação e zonas eleitorais nos dias do pleito.

Além disso, para que tudo ocorra dentro do previsto, milhares de pessoas trabalham nas eleições. Em todo o Estado, serão cerca de 450 mil mesários e 40 mil apoios logísticos. Em Sorocaba, serão mais de 6.500 mesários. Além disso, a Justiça Eleitoral conta com um quadro de cerca de 4 mil servidores no estado.

Procedimentos de contingência

O processo de preparação das urnas eletrônicas começou na terça-feira (24). Em Sorocaba, serão usadas 1.645 urnas. Além delas, foram separadas cerca de 15% desse número como unidades de contingência.

“Essas urnas são utilizadas para substituir aquelas que apresentarem defeitos durante a votação. No ato da substituição, o flash card e o disquete de votação são transferidos da urna com defeito para essa urna, havendo dessa forma uma migração dos votos já registrados para a urna de contingência que é lacrada e passa a ser a urna da seção”, explica o TSE.

Também há procedimentos de contingência na apuração com o uso de dois aplicativos desenvolvidos pelo TSE: um é o Recuperador de Dados (RED) e o Sistema de Apuração (SA), também conhecido como Sistema de Voto Cantado (SVC). O primeiro é utilizado para encerrar a votação quando ocorre falha operacional e quando não é possível fazer a leitura do disquete gerado na urna eletrônica. Além disso, o aplicativo auxilia quando o dado lido foi rejeitado na fase de processamento de boletim de urna do totalizador. Nessa situação o RED gera um novo disquete a partir da urna originária.

Já o segundo procedimento de contingência é usado para recuperar dados parciais (votos lançados na urna eletrônica) em caso de votação mista, para posterior computação desses votos com aqueles registrados em cédulas, no Sistema de Apuração. (Vanessa Ferranti, com informações do TSE)