Preso na operação Lobo Mau é solto após audiência de custódia

O homem é investigado por participar de uma rede criminosa de produção e compartilhamento de pornografia infantil

Por Beatriz Falcão

A prisão aconteceu na manhã de quinta-feira (31), no Parque das Laranjeiras

O homem, acusado de participar de uma rede criminosa de produção e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, foi solto nesta sexta-feira (1º), após audiência de custódia. A prisão aconteceu na manhã de quinta-feira (31), no Parque das Laranjeiras, durante a Operação Lobo Mau. A informação foi confirmada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba, que atuou no momento da apreensão.

Segundo a delegada titular, Renata Zanin, o investigado é réu primário e possui residência comprovada, portanto, a Justiça autorizou que respondesse em liberdade. “Infelizmente, ele foi solto. Agora, o próximo passo é aguardar o laudo dos materiais apreendidos na sua residência, que estão na perícia técnica. Com esses resultados, daremos prosseguimento nas investigações”, relata.

Sobre o Caso

A Operação Lobo Mau, articulada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em conjunto com a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), tem o objetivo de desmantelar um grupo criminoso de produção e comércio de pornografia infantil. Na quinta-feira (31), equipes cumpriram 94 mandados de busca em 20 Estados e no Distrito Federal.

Segundo as investigações, os envolvidos atuavam em plataformas digitais, como Signal, WhatsApp, Telegram e Roblox. Nesses ambientes virtuais, principalmente de jogos, eles interagiam com as vítimas e, durante as conversas, manipulavam para que produzissem conteúdos sexuais. Por fim, as fotos e vídeos eram divulgados e comercializados.

Neste sentido, para confirmar a autoria do crime, o Ministério Público expediu os mandados de busca domiciliar, a fim de que sejam localizados e apreendidos celulares, computadores, dispositivos de armazenamento de dados e quaisquer dispositivos computacionais capazes de se conectar à internet, armazenar ou distribuir conteúdo digital.

Até o momento, 23 prisões em flagrantes foram efetuadas em 11 Estados, sendo eles: Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Neste último, as detenções foram feitas nas cidades de São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Jacareí, São Sebastião da Grama, Campinas, Itanhaém e Sorocaba.