Comércios de bairros são opção de compra para moradores de Sorocaba
Corredores comerciais facilitam o acesso a lojas em regiões afastadas do centro da cidade
Com a grande expansão de Sorocaba, cada vez mais os moradores de bairros mais afastados estão se tornando adeptos aos comércios locais, onde os lojistas veem uma grande oportunidade de levar uma variedade de produtos para que os consumidores possam escolher onde comprar. Comércio de vestuário, brinquedos e utilidades são os que chamam a atenção dos compradores nesta época do ano.
Em bairros como Altos do Ipanema, São Bento e Wanel Ville, o comércio tem se instalado de forma concreta, com as avenidas Edward Fru Fru Marciano da Silva, Ipanema e Itavuvu, que se tornam opções de centros comerciais para moradores de suas imediações realizarem as compras de final de ano. Segundo o empresário e comerciante da avenida Edward Fru Fru, Bruno Gabriel Moreira, um dos fatores que ajudam nesse crescimento são os valores para alugar espaços e a segurança dos bairros.
“Hoje, em um comércio de bairro, como o meu, o aluguel, em comparação ao do centro, é bem mais baixo, sem contar a segurança que temos”. Ele ainda conta que os consumidores não são apenas os moradores, mas aqueles que estão de passagem pelo bairro, como trabalhadores que passam pelas avenidas que ligam Sorocaba a outras cidades. “Com certeza tem aqueles consumidores de carteirinha, que já conhecemos e são frequentes. Mas, ainda assim, temos outros tipos de compradores que às vezes estão de passagem e acabam parando para ver as lojas”.
Os preços são competitivos, podem variar por categoria, loja e produtos, e, em sua maioria, os preços são mais acessíveis que em lojas centrais. Porém, ainda existem as exceções, e os compradores precisam usar estratégias para levar o melhor preço. A estudante Giovanna Luciano, de 19 anos, conta que a estratégia que utiliza é a pesquisa. “Eu já até tenho as lojas que eu vou sempre, que se encaixam mais com o que eu gosto, mas também sempre pesquiso qual loja tem aquilo que me interesso e qual tem o melhor preço”.
A vendedora Maria Aparecida dos Santos, de 57 anos, em entrevista para o jornal Cruzeiro do Sul, explicou que, além das lojas se tornarem a principal escolha para as compras, elas proporcionam empregos para os moradores dos bairros. E ainda completa que os próprios comerciantes incentivam a compra em lojas vizinhas. “Nós mesmos indicamos as lojas para nossos vizinhos e amigos do bairro, o que ajuda no movimento para todo mundo. Se não temos o produto aqui, e sabemos que alguém aqui da região tem, nós indicamos direto para eles”. Maria ainda confirma que a opção de ir até o centro para alguns clientes só vem após não encontrarem o que querem dentro das lojas mais próximas, e que muitas vezes, pela alta rotatividade de produtos dentro desses comércios, a compra em pequena quantidade pode trazer objetos mais atuais do que os vendidos na área central. (Ana Sentelhas - programa de estágio)