Policlínica Móvel não tem data para voltar a funcionar em Sorocaba

Por Marcel Scinocca

Com custo de R$ 600 mil, a carreta foi criada em 2012 e está parada desde 2013. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (9/1/2014)

Com custo de R$ 600 mil, a carreta foi criada em 2012 e está parada desde 2013. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (9/1/2014)

A Prefeitura de Sorocaba afirmou nesta segunda-feira (16) que, devido à dificuldade orçamentária enfrentada pelo município, não é possível, neste momento, realizar os investimentos necessários à reativação da carreta chamada Policlínica Móvel. A carreta, que tem capacidade para quatro consultórios e sala de espera, custou R$ 600 mil ao município, está há vários meses no estacionamento da Policlínica, no bairro Santa Rosália. O equipamento já teve denúncia de que se transformou em depósito de materiais usados pela prédio e não cumpre com seus objetivos há pelo menos seis anos.

Ao falar do problema orçamentário, a Prefeitura de Sorocaba enfatiza que o objetivo da administração é recuperá-la “visando o atendimento da população”. “Vale ressaltar que a carreta está parada desde 2013 e, à época, sofreu o furto de alguns equipamentos. A Prefeitura informa também que a Policlínica móvel não virou depósito de outros materiais e, dentro dela, estão apenas os itens que pertencem à unidade móvel que está devidamente estacionada dentro da área da Policlínica Municipal”, alegou.

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A carreta foi criada em 2012, durante o governo de Vitor Lippi (PSDB) e tinha a expectativa de atender cerca de 2 mil pessoas por mês nos bairros de Sorocaba, A unidade móvel já foi vandalizada e alvo de furtos várias vezes. No estacionamento onde está, não é possível visualizar o que está armazenado na carreta. Entretanto, é visível o estado de deterioração no bem público.

Histórico

Os atendimentos na Policlínica Móvel começaram em 10 de setembro de 2012 e cessaram em novembro do mesmo. Em 2013, a carreta ficou estacionada na Policlínica, no Jardim Santa Rosália, servindo de apoio para a realização de atividades educativas, como palestras à população, com temas sobre planejamento familiar e gestação de risco.

No mesmo ano a Prefeitura chegou a publicar uma concorrência para contratar empresa a fim de fazer o deslocamento da carreta para os bairros, no entanto, interrompeu o processo de concorrência em 2014.

Em fevereiro de 2017, quando o Cruzeiro do Sul tratou do tema, a Prefeitura informou que a Secretaria da Saúde recuperaria a unidade e a colocaria em funcionamento novamente. “Para isso, já foi feito um orçamento e em 15 dias os serviços serão iniciados. Como depende da realização dos serviços, não há uma previsão para que os atendimentos comecem”, alegou na época. Na ocasião, a unidade estava em estado de abandono no estacionamento da então Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro Lopes de Oliveira. (Marcel Scinocca)