Quatro ônibus com tecido antivírus começam a rodar em Sorocaba
Toda a frota de ônibus do transporte coletivo municipal de Sorocaba -- cerca de 330 veículos -- deverá contar com sistema antivírus em até seis meses. A garantia é do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) e do presidente da Urbes, Luiz Carlos Siqueira Franchim. As declarações foram dadas ontem (25), quando foram entregues quatro unidades com a tecnologia, atingindo perto de 1% da frota.
“Até em seis meses, a gente quer contemplar todos os ônibus da cidade”, diz o chefe do Executivo. Ainda de acordo com Manga, essa ampliação não terá custo para o município. “Vamos ampliar para toda a cidade, sem custo nenhum para o município, sempre em parceria com a iniciativa privada”, projeta.
“A própria Prefeitura vai iniciar uma articulação, após a gente ter mudado em decreto que facilita a parceria com a iniciativa privada. O custo por ônibus não é tão elevado, pensado num nível do empresariado sorocabano. Atende a população, trazendo segurança para quem utiliza o transporte público, para os funcionários da empresa de ônibus e para todo o cidadão sorocabano, diminuindo assim o número de contágio”, afirma.
Franchim afirmou que a Prefeitura de Sorocaba buscará patrocinadores. “Ou seja, que não custe para a empresa e não custe para o poder público.” Neste primeiro momento, as linhas que receberão os veículos com o sistema são as seguintes: Júlio de Mesquita (73), São Bento (62), Carandá (81) e Éden (53). Os ônibus entram em operação na madrugada de hoje (26). “A ideia foi fazer nas linhas de maior carregamento. Nós queremos testar na exaustão, onde tem muita gente”, garante Franchim.
Apresentação
A apresentação ocorreu em solenidade no estacionamento do Paço Municipal. Conforme Ricardo Bastos, diretor de Relações Institucionais da ChromaLíquido, o sistema foi desenvolvido pela empresa, em parceria com a Rhodia. O tecido é produzido com nanotecnologia capaz de romper a camada de gordura do vírus, impedindo que ele se fixe na superfície.
“Esse é um tecido antiviral com efeito permanente, produzido por meio de um fio de poliamida”, explica. O material é produzido com ativação da chamada nanoprata na molécula do tecido. “Nós compramos o fio e transformamos ele em tecido, com efeito antiviral que veio do fio. Depois, desse tecido nós transformamos em soluções, desde máscaras, luvas, camisetas e revestimentos para ônibus. Enquanto houver tecido, vai existir a proteção antiviral e antibacteriana”, comenta.
Ainda de acordo com ele, o material precisa de higienização simples. Além dos assentos, a proteção também está em outros pontos dos veículos, como corrimão e balaustre. Ele reforça que as pessoas devem continuar com hábitos como usar máscaras e álcool em gel. “É uma proteção adicional para as pessoas”, diz.
O evento de apresentação contou ainda com a participação de parte do secretariado da Prefeitura de Sorocaba, de vereadores, incluindo o presidente, Claudio do Sorocaba I (PL), e do deputado federal Guiga Peixoto (PSL). (Marcel Scinocca)